ACM Neto diz que ViaBahia e Embasa foram omissos sobre alagamentos em Valéria

Comunidade conhecida como Terracom fica às margens da BR-324

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  • Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2019 às 20:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Secom/Divulgação

O prefeito ACM Neto afirmou nesta quinta-feira (28) que os constantes alagamentos no bairro de Valéria, na localidade conhecida como Terracom, são causados pela omissão da Via Bahia e da Embasa. O gestor municipal ressaltou que a localidade tem sofrido com a falta de manutenção de um canal que passa abaixo da BR-324, o que se agrava em função de uma intervenção feita pela Embasa na pista marginal.

“A Via Bahia, que já foi autuada este ano pela prefeitura, simplesmente não faz a manutenção periódica das tubulações que passam pela região de domínio, em Valéria, e a Embasa reduziu o calibre de um duto, diminuindo consideravelmente a vazão da água”, afirmou Neto. 

O prefeito afirmou que também que vai denunciar as duas empresas à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e Ministério da Infraestrutura. “Enquanto as duas empresas trocam acusações e não fazem as obras necessárias para eliminar os alagamentos, a população enfrenta muitos transtornos. Essa situação traz riscos à saúde, segurança e bem-estar dos moradores”, completou o prefeito.

De acordo com o gestor, a Via Bahia e a Embasa estão fechando os olhos para os problemas da BR-324 e infringindo a legislação, ignorando também cobranças feitas pelo Ministério Público da Bahia.

A ViaBahia, por sua vez, nega ser a responsabilidade pelo transtorno. Em nota, a concessionária da BR-324 ressaltou que acompanha a situação e que já havia evidenciado uma tubulação de água antiga e “estrangulada” instalada no local antes da Concessão. Ainda segundo a empresa, os tubos estariam fora dos limites da faixa de domínio da rodovia.

A concessionária ainda informou que "a Prefeitura Municipal de Salvador é ré em uma ação movida pelo Ministério Público Estadual (MP-BA) por conta dos alagamentos ocorridos na região de Valéria". Ainda segundo a nota, a autarquia municipal foi multada por não ter comparecido a última audiência de conciliação, no dia 25 de outubro de 2019.

De acordo com o MP-BA, a ViaBahia, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a Embasa e a Limpurb também também foram acionados pelo Ministério Público por conta dos constantes alagamentos na região.

A Embasa também se posicionou. Em nota, a empresa de águas afirmou que a obra de duplicação de um trecho de adutora de água tratada que a Embasa realiza próximo à rua do canal Terracom não impactou a rede de drenagem do local. “Isso já foi demonstrado pelos técnicos da Embasa ao Ministério Público por meio de registros fotográficos e da especificação dos locais de intervenção e de manejo de resíduos que constam na documentação da obra”, escreveu em nota. A empresa afirmou que os alagamentos são decorrentes de obstruções na rede de drenagem de água de chuva do local.