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Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2019 às 10:51
- Atualizado há 2 anos
O Ministério Público do Trabalho (MPT) fechou um acordo parcial com a Petrobras do Brasil S.A que beneficiará todos os empregados da petroleira que atuam na Bahia. O documento foi assinado nesta quarta-feira (14), na sede do órgão, no Corredor da Vitória, em Salvador.>
O acordo faz parte de uma ação movida por assédio moral no processo de encerramento das atividades da empresa no estado. O ajuste garante a suspensão da ação judicial até 31 de janeiro de 2020 e, ainda, a manutenção dos pouco mais de 3.200 empregados que a estatal possui na Bahia, preservando seus atuais postos de trabalho.>
Os únicos funcionários que não serão contemplados com a decisão, serão os 131 que manifestaram que têm interesse na transferência para outros estados. Eles deverão ser atendidos pelo Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro) para confirmar o interesse e, caso os funcionários mudem de ideia, poderão voltar a integrar o grupo de demais funcionários que permanecerão na Bahia.>
Segundo o documento, também foram anuladas as medidas anunciadas pela Petrobras em setembro, que pretendiam reduzir os benefícios oferecidos aos funcionários que mudariam de unidade e iriam para outros estados. Com isso, o valor pago a quem será transferido quadriplicou, passando a mais de R$ 26 milhões para serem divididos entre os trabalhadores. As mesmas vantagens serão negociadas para os que permanecem na Bahia.>
“Demos um pequeno passo, porém muito significativo, na atuação do MPT perante os outros 3.200 empregados que permanecem nos postos de trabalho da Bahia. A transação parcial abre caminho para um amplo acordo que poderá garantir condições dignas e justas para todos os empregados da empresa lotados nos estados da federação que correm o risco de ter suas operações extintas ou reduzidas”, avaliou Luís Carneiro, procurador-chefe do MPT na Bahia e coordenador da força-tarefa estadual montada pelo órgão para atuar neste caso.>
O grupo de trabalho, formado também pelos procuradores Séfora Char, Luís Barbosa e Rosineide Moura, ingressou com ação no dia 15 de outubro. No dia seguinte, foi concedida uma liminar que proibiu a petrolífera de prosseguir o processo de transferência, assinada pelo Juiz Danilo Gaspar, da 6ª Vara do Trabalho de Salvador.>
A partir disso, a Petrobras e o MPT iniciaram uma fase de negociações, que resultou no acordo assinado nesta quarta. “A atuação do MPT neste caso é extremamente resolutiva, contextualizando uma pauta ministerial positiva, que busca entregar diretamente ao trabalhador e à sociedade todos os seus direitos. É o MPT balisador das ações empresariais, assegurando que as mudanças de rota sejam feitas dentro dos limites legais e com segurança jurídica para todos”, avaliou o procurador-chefe.>