Acusado de matar ex-mulher a tiros em Feira na frente das filhas é preso

Confessou o crime e alegou arrependimento; vítima tinha medida protetiva contra ele

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  • Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2021 às 07:53

- Atualizado há um ano

. Crédito: Aldo Matos/Acorda Cidade

Um homem acusado de matar a ex-mulher a tiros em Feira de Santana foi preso na noite da sexta-feira (25), menos de dois dias depois do crime, que aconteceu na frente das filhas da vítima - crianças de 3 e 10 anos.

Moniza Carla Barros de Oliveira, 31 anos, foi baleada pelo ex-marido durante uma briga na madrugada de quinta-feira (24), dentro de casa. Ela ainda foi socorrida ao Hospital Geral Clériston Andrade, onde acabou morrendo. Ela tinha uma medida protetiva contra o acusado.

Segundo o Acorda Cidade, inicialmente a polícia pediu a prisão preventiva do homem por tentativa de feminicídio, porque ela ainda estava viva. A informação foi atualizada quando a vítima faleceu. O acusado se apresentou à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) da cidade com a advogada e foi preso. "Infelizmente mais uma mulher morta na frente dos filhos, destroçando toda uma família”, disse a delegada Clécia Vasconcelos ao Acorda.

No depoimento, o homem disse que havia voltado a viver com Moniza, a despeito da medida protetiva ainda em vigor - a polícia vai verificar a veracidade da informação. "O motivo desta ação, essa covardia, segundo ele, é de que ele estava doente, e ela estava na casa da irmã, época junina, e como ela chegou por volta das 2h da manhã, discutiram", diz. "Ela estava com os filhos, uma criança de 3 e outra de 10 anos, e ele disse que perdeu a cabeça, se diz arrependido e efetuou dois disparos de arma de fogo contra ela, um deles, querendo atingir, justamente o coração, o peito dela. Perdeu a cabeça e tinha uma arma de fogo".

O homem já responde por um homicídio que aconteceu em 2013. Ele diz que comprou a arma usada para matar a mulher na feira do rolo, por R$ 1,5 mil.

A delegada lamenta a morte e diz que é o primeiro feminicídio em Feira desde 2013 de uma mulher que já havia passado pela rede da Deam, tendo uma medida protetiva. "Ele já deveria estar preso há muito tempo. Talvez se hoje ele estivesse, Moniza estaria viva criando os filhos dela. É muito sofrido a gente ter que se debruçar num caso desse, e cada vez a gente percebe que a nossa luta é necessária e que a gente ainda tem que lutar muito".