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Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2022 às 13:02
- Atualizado há 2 anos
Quatro acusados de fazer parte de uma célula neonazista em Santa Catarina foram presos em duas cidades do estado. O caso é investigado desde abril, quando um primeiro membro do grupo foi preso por tráfico de drogas, segundo mostrou reportagem do Fantástico, da TV Globo.>
Os presos na quinta-feira (20) são três universitários e um auxiliar de escritório. Eles faziam parte de um grupo que era monitorado por conta das atividades nas redes sociais, onde publicavam mensagens de teor xenofóbico e vídeos com alusões nazistas. Uma das publicações traz o grupo falando alemão, exibindo uma bandeira nazista e atirando.>
"O que a gente tem procurado são aqueles indivíduos que trazem maior perigo para a sociedade e se estruturam de uma forma mais organizada", explicou o delegado Arthur Lopes ao dominical.>
Um dos presos foi localizado na casa onde morava com a mãe e irmãs mais novas. O grupo que ele faz parte tem como nome "Aniversário do Führer", uma referência ao ditador nazista Adolf Hitler.>
A polícia interceptou conversas em que um dos presos sugere que eles saiam para "matar mendigos". "Todos os mendigos negros nordestinos deveriam ser fuzilados", diz outro. >
Eles são investigados por associação criminosa armada, fabricação de arma de fogo e divulgação do nazismo. Uma impressora 3D que era usada para fabricar partes de armas foi apreendida com um deles.>
A operação policial aconteceu em Joinville e São José. Os presos são um auxiliar de escritório de 27 anos, um estudante de engenharia automatica de 21 anos, um universitário que estuda letras, de 20 anos, e um estudante de Direito, de 20 anos. Os dois primeiros universitários são da UFSC. O terceiro contou à polícia que seu interesse no tema é por conta de uma "fixação estética" pela SS, milícia que administrava os campos de concentração da Alemanha na Segunda Guerra. >
As identidades dos quatro não foram divulgadas para "não atrapalhar as investigações", diz a polícia. Todos negaram que planejavam algum ataque concreto, dizendo que toda troca de mensagens era "uma brincadeira". >