Adeus, filha de Oxum Opará: enterro de Cira do Acarajé será neste sábado

Uma das baianas de acarajé mais famosas de Salvador, estava internada há 18 dias por uma infecção no sangue

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  • Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2020 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução/Facebook

O coração e o estômago tocavam para seu tabuleiro - fosse em Itapuã ou no Rio Vermelho era o perfume de dendê que inebriava e, claro, aquela crocância única. Cira, que ao lado de Regina e Dinha, formava a santa trindade do reino do dendê, morreu na madrugada dessa sexta-feira (4). Se foi bem no dia de Iansã, um dos orixás que faziam a sua cabeça. As tardes em Itapuã e as noites boêmias do Rio Vermelho perdem um pouco do sabor.

Jaciara de Jesus Santos, a Cira, 70 anos, uma das baianas de acarajé mais famosas de Salvador, estava internada há 18 dias no Hospital São Rafael por complicações renais. De acordo com uma das suas cinco filhas, Cristiane de Jesus, 47, o laudo da morte aponta que sua mãe teve uma infecção generalizada.

Cira será enterrada às 10h deste sábado no Cemitério de Itapuã, cumprindo o seu desejo de permanecer para sempre no bairro onde nasceu e cresceu. O corpo foi velado na sua casa. A baiana deixa 5 filhos, Jussara, Cristina, Cristiane, Carlos e Renê, e 8 netos.

“O laudo da morte foi infecção no sangue. Ela estava fazendo diálise sempre e acabou pegando a infecção, o que atingiu os órgãos. Minha mãe foi internada porque o açúcar e a pressão subiram. Ela tinha problema renal e já tinha feito um transplante de rim. Ela já fazia diálise desde mais nova. Em abril, ele pegou coronavírus, mas não chegou a ser internada”, contou Cristiane.

O comando do tabuleiro é herança de família. Com 13 anos, Cira passou a trabalhar como baiana para preencher o posto que era de sua mãe, Dete, que tinha falecido. Agora, os familiares devem continuar a vender acarajé. Além dos já tradicionais pontos do Acarajé da Cira em Itapuã e no Rio Vermelho, os quitutes da baiana que virou marca também são vendidos em Piatã e em dois pontos em Lauro de Freitas.

O Acarajé da Cira foi aberto em 1967 encantando soteropolitanos e turistas. A qualidade dos quitutes já foi reconhecida em premiações. Nas 20 edições da Veja Comer & Beber Salvador, o tabuleiro de Cira recebeu 16 troféus, em alguns anos o prêmio foi para outros itens da banca. Com isso, ela é a baiana que mais foi premiada pela revista.

Em 2019, o acarajé de Cira foi eleito novamente o melhor das terras soteropolitanas pela revista. Na matéria da edição do ano passado da premiação, ela revelou que, antes de aderir às batedeiras, passava mais de uma hora triturando e batendo a massa de feijão-fradinho à mão para garantir a crocância. 

Esse bolinho crocante deixa saudade nos baianos que estão distantes de Salvador. Na sua última vinda à capital baiana, em 2006, o cantor e compositor Dorival Caymmi fez questão de passar em Cira antes de partir para o Rio de Janeiro. Antes de ir para o aeroporto, o artista passeou por Itapuã e comprou 15 acarajés com camarão e dois abarás no tabuleiro da baiana. Ninguém consegue resistir ao acarajé de Cira (Foto: Reprodução/Instagram) O diferencial do bolinho A crocância é um dos pontos altos do bolinho de Cira, afirmou a chef Tereza Paim. A dona do Restaurante Casa de Tereza ressaltou que o acarajé sempre manteve o mesmo nível de qualidade excepcional. “O tabuleiro também sempre estava muito arrumado. Não tinha mais ou menos. Acho que Cira sempre foi fiel a tradição e isso é muito importante. Lá nunca faltou nada”, disse.

A fartura do camarão é outro diferencial de Cira, segundo a coordenadora nacional da Associação das Baianas de Acarajé e Mingau (Abam), Rita Santos. A generosidade para servir o crustáceo só era possível pelo tamanho da empresa fundada por Cira. “Algumas baianas vendem pouco e não conseguem comprar muito camarão. Mas ela comprava em quantidade por ser uma empreendedora. Ela já tinha fornecedores diretos e o preço caía, com isso, dava para aumentar a quantidade de camarão nos bolinhos”, contou Rita, que ressaltou que a quituteira é uma referência para colegas de todo o Brasil.

Ressaltando que a preferência pelo acarajé de Cira é pessoal, o antropólogo e curador do Museu da Gastronomia Baiana do Senac Bahia, Raul Lody, contou que a baiana conseguia atingir um ponto perfeito de fritura que dava crocância ao exterior do bolinho e maciez por dentro. “O acarajé também era menor, assim como os tradicionais”, afirmou. 

A filha Cristiane explicou que Cira sempre fez questão de comprar os melhores ingredientes, afinal, o tabuleiro era a coisa mais importante para ela. “Só usamos camarão do melhor, azeite do melhor, o mais caro e de qualidade, mainha sempre teve isso. Ela sempre investiu na qualidade”, contou.

Além da qualidade do bolinho, o jeito de Cira também era marcante e atraia os clientes. O antropólogo e professor da UFBA, Vilson Caetano, conta que a baiana de acarajé possuía a simpatia característica das filhas de Oxum, o que, junto com o dom para a cozinha e o empreendedorismo cativava a todos. “Ela já me disse que sua mãe era Oxum Opará. Cira era uma mulher discreta e reservada, mas que era simpática e sabia tratar bem as pessoas”, relatou.

A filha Cristiane confirma que Cira era filha de Oxum Opará, mas também reverenciava outros orixás. O seu caruru de São Cosme e Damião, por exemplo, era feito todos os anos com 12 sacas de quiabo.

“Ela nunca foi de ir em terreiro, sempre foi cuidadora do que minha avó deixou aqui em casa. Ela era cuidadora de vários orixás, como Ogum, Exu e Iansã”, contou a herdeira de um dos tabuleiros mais famosos da capital.

Para Mãe Jaciara de Oxum Yeye Ypondá, Ialorixá do Axé Abassa de Ogum, o fato de Cira ter morrido na madrugada do dia de Santa Bárbara é uma confirmação da vida natural e sobrenatural. Ela conta que a baiana não era iniciada no Candomblé, mas tinha uma convivência com as águas, os raios e os trovões. 

“Esse fato mostra que ela tava caminhando de forma muito honesta com a forma que ela cultuava o sagrado dela. Ela dava Caruru para Iansã, era uma mulher devota. Cira é filha de Oxum Opará, que tem uma relação com Iansã”, explicou. Cira era uma das baianas mais famosas da Bahia (Foto: Reprodução/Instagram) Generosidade Entre quem a conheceu, Cira é unânime. Todos que falaram com a reportagem do CORREIO sobre a sua partida fizeram questão de ressaltar a sua generosidade e o tamanho do impacto que ela teve para quem a conheceu. Patrícia Cerqueira, 37, baiana de acarajé e filha de Gracinha, que recebeu a primeira guia para seu tabuleiro há 47 anos graças a ajuda de Cira, não fez diferente. "Cira pra mim é símbolo de generosidade, a representação da bondade mesmo. Ajudou muito minha mãe que só tem o tabuleiro por conta dela. Minha família toda deve muito a ela pela amizade, carinho e atenção. Uma pessoa querida, que deixa muita saudade no nosso coração, só temos a agradecer", falou.

Amiga de Cira, Simone Brandão, 51, proprietária de uma Tapiocaria que fica em frente a praça do Acarajé da Cira em Itapuã, também falou com carinho da baiana e disse ainda não ter assimilado a sua morte. "Cira foi mais que uma baiana de acarajé, ela virou um símbolo. Alguém com garra pra trabalhar e cheia de disposição para ajudar os outros. Eu senti mesmo a perda dela, tô triste, sem conseguir assimilar que ela não vai voltar. A última vez que a gente se viu, ela disse que queria viver mais, então me afeta muito perdê-la dessa maneira", disse emocionada.

Moradora de Itapuã, Noélia Alves, 41, sempre frequentou o Acarajé da Cira e andava também pela casa da quituteira em dias de Caruru. Para ela, Itapuã fica com um buraco na ausência de Vida. "Cira foi uma grande mulher, todo mundo perde porque ela sempre ajudou muita gente, uma pessoa guerreira. Empregou o pessoal de Itapuã e sempre abriu as portas para todos. Não olhava diferente pra ninguém. Tratava todos da mesma maneira. Vamos sentir falta daquele sorriso maravilhoso. Itapuã perde demais sem ela, parece que fica um buraco", afirmou.

Legado Com o seu trabalho, Cira ingressou no hall dos grandes baianos representando com muita dignidade as baianas de acarajé. Por tamanha importância, a coordenadora da Abam afirma que o dia de Iansã e Santa Bárbara será sempre lembrado como a data da morte da quituteira.“Sempre que morre uma baiana, nós perdemos uma estrela. Todas são estrelas e uma delas se apagou”, disse Rita.Perder Cira é perder parte do patrimônio cultural baiano. A antropóloga, Maria Paula Fernandes Adinolfi, que trabalha no Iphan com a salvaguarda do patrimônio imaterial, afirma que a baiana era uma mestra nos saberes do seu ofício, tanto no preparo dos pratos, quanto no processo de venda dos quitutes.

“Cada mestre do saber leva com ele uma série de conhecimentos. Com a sua fama, ela não divulgava apenas seu tabuleiro, mas dava visibilidade para o ofício, a forma tradicional de se vestir, de manter um tabuleiro. Com a morte, isso se perde. Jamais veríamos Cira sem estar devidamente trajada com o traje de baiana e com uma postura de amabilidade e dignidade que é característica", afirmou a antropóloga.

Ao olhar para Cira, Adinolfi enxergava uma entidade viva, pois a baiana era a única pessoa que ela conhecia que conservava a imagem das negras do partido alto. "Ela usava jóias de crioula no tabuleiro. As mulheres negras que tinham prestígio, reconhecimento e dinheiro usavam as jóias, como a pensa da baiana, como uma forma de guardar o dinheiro no corpo. Era uma forma de poupar e também um objeto de prestígio", disse.

Ancestralidade A tradição era mantida com muito orgulho, disse Cristiane, revelando que sua mãe sempre estava muito arrumada e bonita com todos os itens dos trajes das baianas.

Outra tradição que Cira seguia era manter o tabuleiro sempre farto, inclusive, com quitutes que estão desaparecendo das bancas, como doce de tamarindo. Por lá, o cliente vai encontrar ainda, além do acarajé e abará, passarinha, cocada puxa, bolinho de estudante e queijadinha.

“Cira fazia questão de manter a variedade dos produtos no tabuleiro, o que tem se perdido. Hoje em dia, nós já temos uma perda patrimonial, poucas baianas têm doce de tamarindo, até a cocada está sumindo. Manter a variedade também é preservar o patrimônio”, afirmou a antropóloga Maria Paula Fernandes Adinolfi. Os descendentes de Cira já garantiram que a oferta e a qualidade vão permanecer mesmo com a morte da matriarca.

O trabalho da baiana de acarajé remete às mulheres negras ganhadeiras, que vendiam de um tudo em seus tabuleiros. O historiador, especialista em Estudos Culturais, História e Linguagens, chef de cozinha, pesquisador da gastronomia baiana e Babalorixá, Elmo Alves, explica a relação: “Era um ofício exercido por escravas e libertas, inclusive, se comprava a liberdade com o dinheiro da venda. Eram muitos quitutes, dentre eles, o acarajé.  Portanto, a baiana traz consigo a ancestralidade”.

O também antropólogo e professor aposentado da UFBA, Ordep Serra, ressalta a conexão dos bolinhos com os terreiros. “A tradição começa nos terreiros, é uma obrigação para Iansã. Nem todas as baianas são ligadas a terreiros, mas o bolinho tem essa origem do culto à Orixá”, afirmou.

A baiana não estará mais no seu ponto, mas deixa um legado para a cultura gastronômica e a memória afetiva da Bahia. Elmo Alves sustenta a afirmação relembrando que culinária é identidade. “Não é só a venda da comida, tem identificação, pertencimento, resistência, cultura. As baianas se estabeleceram por meio da resistência, enfrentaram misoginia, intolerância religiosa, para exercer o ofício", afirmou o historiador que aponta ainda que Cira mostra que o tabuleiro também é um empreendimento.

A manutenção da tradição é um dos grandes marcos de Cira para Raul Lody, que acredita que a baiana é um exemplo por preservar o ofício e pelo trabalho como empreendedora. “É uma história de uma mulher negra que ganha seu lugar trabalhando e preservado sua identidade. Isso é admirado e respeitado. Ela ainda emprega diversas pessoas dando possibilidade de que as pessoas vivam esse ofício com dignidade”, afirmou o curador do museu do Senac Bahia, que pede ainda mais valorização para o trabalho das baianas.

Trio Junto com Dinha e Regina, Cira formava o trio das baianas mais famosas da Bahia. O respeito é tanto que, em 2003, as três receberam a chave da cidade no Carnaval. As quituteiras frequentemente disputavam o lugar de melhor acarajé de Salvador, mas a ideia de que elas eram inimigas por existir uma richa é irreal.

A coordenadora da Abam explica que a rivalidade é uma “cultura das baianas”, mas ela não passa de uma tentativa de fazer os melhores quitutes da cidade. “O charme da baiana é ter o melhor acarajé, então, uma quer ser melhor do que a concorrente, o que eleva a qualidade do acarajé”, explicou.

Fato é que a fama dos acarajés das três beneficia todas as baianas, não existe turista que passe por Salvador sem comer o bolinho. Além de exportar a culinária e cultura do estado, elas ainda ajudaram a fortalecer o ofício.

Foi percebendo a demanda do público que empreendedoras do tabuleiro como Cira modificaram o acarajé para que ele pudesse ser inserido e diversos contextos. “Foram sábias mulheres que entenderam o momento certo de aumentar o tamanho do bolinho de feijão e, nos anos 50, colocar o vatapá, camarão e a salada. Sem essa sacada de mercado, o acará e abará poderiam ter desaparecido como outros pratos”, relembrou Vilson Caetano.

O acarajé e o abará ganharam tanta força que todo evento que deseja remeter à Bahia tem que ter as iguarias. Adinolfi explica que a praticidade e o sabor foram essenciais para levar a comida para fora dos terreiros. "Primeiro, o acarajé e abará passaram a ser comida de festa de largo. Depois, passaram a integrar os eventos para dar uma marca de baianidade. Isso é fruto de uma política de governo, com um investimento no turismo baiano para fazer o acarajé ser um produto turístico do estado”, disse a antropóloga.

Personalidades lamentam a morte de CiraACM Neto, prefeito de Salvador A Bahia perde um patrimônio, um ser humano querido e amado por todos os baianos e por todas as pessoas que visitaram Salvador nos últimos anos. Ela herdou uma tradição, todo aquele conhecimento que vem de geração em geração, e soube acrescentar o seu toque especial, tornando o seu acarajé um dos preferidos da Bahia. Neste dia de Santa Bárbara e Iansã, nós sabemos que Cira será bem-recebida por Deus. Expresso aqui os meus sentimentos. Que Deus possa confortar a todos os seus familiares e amigos

Bruno Reis, vice-prefeito e prefeito eleito de Salvador Nossa cultura e gastronomia perdem um dos maiores ícones da nossa cidade, Cira do Acarajé. Uma baiana daquelas que com seu carisma e suas delícias encantou todo mundo. Que Deus conforte a família e os amigos nesse momento de profunda dor!

Fernando Guerreiro, presidente da Fundação Gregório de Mattos Para Guerreiro, Cira é a "Rainha da arte culinária da cidade, mulher de uma energia luminosa, que encantava a todos com seu talento e capacidade de trabalho. Salvador perde mais um dos seus ícones, que vai deixar saudades em todos que relaxavam ao final do dia com seus quitutes e seu sorriso."

Rui Costa, Governador da Bahia  Quero manifestar meu profundo pesar pela morte de Cira, uma das mais famosas baianas de acarajé de Salvador. Com seus deliciosos quitutes, encantou baianos e turistas de todo o mundo e será lembrada como um dos ícones da nossa culinária. Que Deus conforte seus familiares e amigos.

Lázaro Ramos, ator Um dia triste, perdemos nossa querida Cira do Acarajé, uma das baianas mais tradicionais da Bahia, dona de um sorriso largo, simpatia marcante, uma mestra da culinária baiana. Cira é um patrimônio da Bahia. Deixo aqui um forte abraço e meus sentimentos a toda família. 

Margareth Menezes, cantora Presto aqui minha homenagem à Dona Cira, que nos deixou hoje. Eu amo Acarajé e o de Cira era o número 1 na minha lista. Ontem mesmo comi essa iguaria mágica. Obrigada Dona Cira por tantos feitos em tantas vidas. Partiu no dia de Oya! Quanta simbologia! Que o Orun lhe acolha. Compartilho um abraço de solidariedade a toda família e para a comunidade das Acarajé da Cira e de todas as Baianas de Acarajé do Brasil.

Bobô, ex-jogador de futebol A Bahia perde uma mulher guerreira, um dos maiores símbolos da nossa cultura: Cira do Acarajé! Siga em paz e muito obrigado por fazer a alegria gastronômica dos baianos e de tantos do mundo todo. Que Deus conforte o coração dos familiares e amigos.

Paloma Amado, escritora Eu era fã do acarajé dela, era excepcional. A morte dela é uma pena pois ela era uma pessoa que lutou muito para valorizar a profissão das baianas, é uma perda enorme

Luis Miranda, ator Tantas vezes, eu elogiei seu famoso Acarajé e sempre que passo por suas barracas pego alguns e assim continuarei. Seu legado é grande baiana, eu te desejo a luz divina na sua passagem e a gratidão eterna. Iansã te receba com axé, Cira.

Leo Prates, secretário de saúde de Salvador  Essa sexta-feira ficou mais triste como a notícia do falecimento da querida Cira do Acarajé. Cira representava como poucos a gastronomia e cultura da nossa cidade. Que Deus possa confortar amigos e familiares nesse momento.

Secretaria de Cultura do Governo do Estado da Bahia O nome e o legado de Cira do Acarajé certamente permanecem eternos para a Bahia. A SecultBA presta a sua solidariedade aos amigos e familiares.

Hilton Coelho, deputado estadual Cira do Acarajé, ETERNA!

A baiana de acarajé Jaciara de Jesus Santos, a Cira do Acarajé, entrou para a eternidade hoje (4), aos 70 anos. Um símbolo marcante de nossa cidade e das mulheres negras protagonistas no sustento de suas famílias.

Rita Batista, apresentadora e jornalista Oyá mesmo que lhe conduza. Eu gosto muito de Dona Cira, dona da receita do melhor acarajé desta cidade (pra mim!). Camarão sem corante, vatapá com leite de coco grosso, castanha e amendoim à valer. Sem contar a massa de acarajé mais bem batida da freguesia, resultado: crocância por fora, maciez por dentro

*Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lobo