Adolescente de 12 anos confessa que matou criança de 9

Garoto não disse qual teria sido a motivação do crime

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  • Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2019 às 15:35

- Atualizado há um ano

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Um adolescente de 12 anos confessou a Polícia Civil que matou sozinho a menina Raíssa Eloá Caparelli Dadona, de 9 anos. De acordo com o G1, o jovem prestou depoimento na madrugada desta terça-feira (1º) na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Centro de São Paulo, cidade onde aconteceu o crime. 

O corpo de Raíssa foi encontrado neste domingo (29) no Parque Anhanguera, na Zona Norte da capital paulista. Ela havia desaparecido em uma festa próxima ao local. Câmeras de segurança gravaram a menina e o adolescente antes do crime. De acordo com a polícia, o adolescente se recusou a dizer qual a motivação para o assassinato. Câmera registrou menina andando com garoto (Foto: Reprodução) No depoimento, o adolescente estava acompanhado pelos pais. De acordo com o G1, o jovem foi descrito como frio pelos policiais – só respondia aos questionamentos dizendo "sim" ou "não", segundo os agentes.

A Justiça já havia determinado a apreensão do adolescente investigado. Ele será ouvido por promotores do Departamento de Infância e Juventude do Ministério Público (MP). Posteriormente, deve ser encaminhado a uma das unidades da Fundação Casa, entidade que visa recuperar menores infratores.

O adolescente e a menina moravam na mesma rua e, de acordo com vizinhos, nos últimos dias estavam bem próximos. Amigos da família contam que os dois estavam tão apegados que a mãe da Raíssa havia levado o adolescente a um culto junto com a filha em uma igreja evangélica, no mês passado. Raíssa fazia tratamento para autismo havia um ano. Raíssa Eloá tinha 9 anos (Foto: Reprodução) Causa da morte A Polícia Civil de São Paulo investiga se a Raíssa foi asfixiada e se sofreu violência sexual. Laudo da Polícia Técnico-Científica irá apontar a provável causa da morte da menina, que foi encontrada amarrada a uma árvore e sem vida. Ela estava suspensa pelo pescoço, o que sugere a suspeita de asfixia.

O corpo foi submetido a exame sexológico, porque foram encontrados ferimentos compatíveis com quem poderia ter sofrido violência sexual.

Versões conflitantes Foi o próprio adolescente quem procurou a administração do parque para informar sobre a localização do corpo, ainda no domingo. De acordo com a polícia, o adolescente de 12 anos chegou a confessar ter matado Raíssa, tendo mãe, após chegar em casa no dia do crime, que matou a menina.

Entretanto, na delegacia, declarou ter sido forçado por um homem de bicicleta, que o teria ameaçado com uma faca e então forçado a ajudar a matar a garota. Foto mostra Raíssa e adolescente juntos (Foto: Reprodução/TV Globo) Sumiço Em depoimento prestado à polícia, a mãe de Raíssa, Vânia, contou que levou a garota e o irmão mais novo para uma festa por volta do meio-dia de domingo. O local estava cheio de crianças.

Em dado momento, a mãe deixou a filha no pula-pula e foi buscar pipoca para o outro filho. Ao retornar, não a encontrou mais. A gestora do local onde acontecia a festa procurou a criança e pediu apoio a visitantes.

A garota fazia tratamento no Núcleo de Apoio às Pessoas com Deficiência porque era tímida e havia suspeita de ser autista. Outros alunos do espaço fizeram desenhos nesta terça em homenagem à colega que morreu.

O adolescente e a menina se conheciam. As casas deles ficavam distantes uma da outra a cerca de 100 metros de distância. Os dois costumavam brincar juntos.

O corpo de Raíssa foi sepultado na tarde de segunda, no Cemitério Municipal de Perus, na Zona Norte de São Paulo.