Advogada é presa por tráfico acusada de negociar 40 kg de cocaína

Elisângela Maria Mororó estava foragida há um mês e foi detida nessa quarta

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Publicado em 14 de novembro de 2019 às 17:41

- Atualizado há um ano

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As prisões dos envolvidos com facções ocorreram na zona rural de Catarina, interior do Ceará por Divulgação/SSPDS

Elisângela Maria Mororó foi detida nessa quarta-feira, na zona rural de Catarina (Foto: Reprodução/Facebook) A operação que levou à prisão da advogada Elisângela Maria Mororó, 46 anos, no Ceará, foi resultado de uma ação conjunta entre as Polícias Militar do Ceará (PMCE) e Civil do Ceará (PCCE), na localidade de Arara, zona rural de Catarina (CE).

Acusada de tráfico de drogas, Elisângela foi detida junto com Antônio Gonçalves Neto, 45, conhecido por “Zói de Acopiara”, e Vicente Leite Sobreira, 31, apelidado de “Manim”.

Na casa em que os acusados estavam, foram apreendidos quase meio quilo de cocaína, uma pistola .40 com a numeração raspada e dois veículos. Os homens são apontados pela Polícia como membros de uma facção paulista que atua no Estado, sendo Antônio considerado uma das lideranças mais influentes da organização no Ceará. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Secção Ceará) suspendeu o exercício da profissão da advogada por 12 meses.

Segundo Alisson Gomes, delegado adjunto da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), desde o dia 16 de setembro, Elisângela vinha sendo investigada pela Polícia. A suspeita de envolvimento com organização criminosa local surgiu quando a advogada tentava fazer chegar a dois detentos um bilhete no Centro de Detenção Provisória de Itaitinga, contendo um ousado plano de fuga.

A confirmação do envolvimento da advogada veio na última semana com a prisão de Edgly Dutra Barbosa, conhecido por “Dudeca”, em Rondônia, enquanto tentava fugir para a Bolívia. Era com ele que a advogada negociava uma quantidade de 40 kg de cocaína, a R$ 15 mil.

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O trio foi apreendido em flagrante e encaminhado à Delegacia Regional do Crato. Vicente Leite tinha três mandados de prisão preventiva em aberto e acumula extensa ficha criminal, incluindo oito homicídios, porte ilegal de arma de fogo, tráfico e associação ao tráfico, receptação e falsificação de documentos. Já Antônio Gonçalves tinha um mandado de prisão preventiva em aberto por tráfico e organização criminosa. Entre seus antecedentes, estão crimes como receptação, porte ilegal de arma de fogo e assaltos a banco e carros-fortes. Mais de 15 policiais participaram da operação.

O delegado Klever Farias, que integra a equipe de investigação da Draco, ressaltou que a partir das ações em parceria com a Secretaria da Administração Penitenciária do Estado do Ceará (SAP), que têm suprimido a comunicação dentro dos presídios por meio de aparelhos celulares, as facções passaram a inovar nas estratégias de comunicação. “O que queremos frisar é que é uma pequena parcela de ditos advogados que se utilizam desta nobre função para praticar crimes. Não queremos atingir à classe, queremos extirpar da sociedade esses criminosos que utilizam a profissão desse modo”, finaliza.

As informações são de O POVO Online, da Rede Nordeste.