Advogado da família Bolsonaro compara mortes de Adriano da Nóbrega e Marielle Franco

Ele ainda disse que ex-policial 'nunca foi miliciano'

Publicado em 19 de fevereiro de 2020 às 09:11

- Atualizado há um ano

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O advogado da família Bolsonaro Frederick Wassef afirmou que a morte do ex-policial Adriano da Nóbrega foi uma execução com ajuda do governo da Bahia. Em entrevista à Folha de S. Paulo, ele diz ainda que “não é miliciano, nunca foi miliciano, não participava de nenhuma milícia”. 

"O que tem é um brasileiro, a quem chamaram de miliciano, de chefe do escritório do crime, de envolvido na morte de Marielle [Franco, vereadora do PSOL assassinada em 2018] e de ser ligado à família Bolsonaro. Eu lhe afirmo e desafio a qualquer um no Brasil: todas as afirmações são falsas, mentirosas e levianas. O único objetivo dessa farsa é atingir a imagem da família Bolsonaro”, afirma o advogado.

Ainda segundo Wassef, tentaram "fabricar esse personagem, um monstro" para atrelá-lo ao filho do presidente. "De forma fraudulenta e por meio de fake news tentaram ligar Adriano a Flávio Bolsonaro”, diz. "Está claro que ele [Adriano] caiu em uma cilada”.

O advogado ainda vai comparação da morte de Adriano ao assassinato da vereadora Marielle Franco. “Eu quero ver a OAB falando, as ONGs, o ministro da Justiça, e, digo mais, eu gostaria de ver agora o empenho e o grito da sociedade. Quem mandou matar Adriano? Por que tanta comoção com Marielle? Por que todo mundo grita até hoje, entidades nacionais e internacionais? O quê que Marielle tinha que Adriano não tinha? Por quê? Eu quero o mesmo empenho e isonomia. Eu quero todos os brasileiros iguais. O tratamento tem que ser igual. Jair Bolsonaro foi quase assassinado. Ninguém se moveu para perguntar quem mandou matar Jair Bolsonaro”, questionou.