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Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2022 às 18:15
A Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) arquive o pedido de investigação sobre a conduta do presidente Jair Bolsonaro e do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, pelo suposto caso de favorecimento aos pastores na distribuição de verbas públicas.>
A AGU defende que não há elementos que justifiquem a abertura de qualquer apuração pela Justiça Eleitoral e que houve apenas "uma menção indevida” ao presidente durante a crise.>
O pedido de investigação ao TSE partiu do PT, sob o argumento de que irregularidades configuram abuso de poder político e econômico, o que levaria, possivelmente, à inelegibilidade.>
Em março, o jornal Folha de São Paulo divulgou um áudio no qual o ex-ministro afirma que repassa verbas para municípios indicados por pastores, a pedido do presidente. O caso levou à exoneração de Ribeiro.>
Anteriormente, o jornal O Estado de São Paulo já havia apontado a existência do "gabinete paralelo" de pastores que controlaria verbas e agenda do Ministério da Educação.>
A AGU afirma que uma ação judicial de investigação eleitoral só pode ser apresentada no período compreendido entre o registro da candidatura e a data da diplomação dos eleitos, entre julho e dezembro.>
Em defesa do presidente, a Advocacia afirmou que o PT não “apresentou quaisquer elementos fáticos, tampouco indícios mínimos, de prática de ato ilícito pelo representado Jair Messias Bolsonaro”.>
De acordo com a defesa, “o áudio juntado aos autos, que deu origem à reportagem do jornal Folha de São Paulo, revela apenas diálogos em que terceiros fazem menção indevida ao nome do presidente da República".>
"Não há qualquer outro suporte fático ou probatório além de demonstrações de suposto prestígio e da própria interpretação dos fatos realizada pela matéria. Dessa forma, revela-se inviável inaugurar qualquer procedimento de investigação judicial eleitoral”, diz ainda.>