Alexa vai ser capaz de imitar voz de pessoas mortas

Assistente de voz irá imitar vozes depois de ouvir menos de um minuto de áudio da pessoa

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  • Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2022 às 13:11

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

A Alexa, a assistente de voz da empresa Amazon, vai ser capaz de reproduzir a voz de pessoas mortas. A varejista online está desenvolvendo um sistema para permitir que ela imite qualquer voz depois de ouvir menos de um minuto de áudio, disse Rohit Prasad, vice-presidente sênior da Amazon, em uma conferência da empresa em Las Vegas, na quarta-feira (22).

O objetivo é “fazer as memórias durarem” depois que “muitos de nós perdemos alguém que amamos” durante a pandemia, disse Prasad. A Amazon não detalhou quando lançaria esse recurso.

O trabalho entra em uma área da tecnologia que recebe investigação minuciosa sobre possíveis benefícios e abusos. Por exemplo, a Microsoft recentemente restringiu quais empresas poderiam usar seu software de imitação de vozes. O objetivo da ferramenta é ajudar pessoas com problemas de fala ou outras questões, mas alguns temem que também possa ser utilizada para propagar deepfakes políticas.

A Amazon espera que o projeto ajude a Alexa a se tornar onipresente na vida dos compradores. Mas a atenção do público já mudou para outro lugar. No Google, da Alphabet, um engenheiro fez a afirmação altamente contestada de que um bot de bate-papo da empresa havia avançado para a senciência – capacidade de possuir sensações.

Prasad disse que o objetivo da Amazon para a Alexa é “inteligência generalizável” ou a capacidade de se adaptar aos ambientes do usuário e aprender novos conceitos com pouca entrada externa. Ele afirmou que essa meta “não deve ser confundida com a ultra inteligência artificial geral, capaz e onisciente”, ou AGI, que a unidade DeepMind, da Alphabet, e a OpenAI, cofundada por Elon Musk, estão buscando.

A Amazon compartilhou sua visão de companheirismo com a Alexa na conferência. Em um segmento de vídeo, retratou uma criança que perguntava: “Alexa, a vovó pode terminar de ler o Mágico de Oz?”. Um momento depois, a Alexa confirmou o comando e mudou de voz. A assistente falou suavemente, menos robótica, ostensivamente soando como a avó do indivíduo na vida real.