Allan do Carmo avalia desempenho no Mundial: 'Sensação ruim'

Ainda em Gwangju, na Coreia do Sul, nadador baiano fala com exclusividade ao CORREIO sobre perda da vaga olímpica; nova chance só em 2020

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  • Daniela Leone

Publicado em 16 de julho de 2019 às 12:06

- Atualizado há um ano

. Crédito: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

Allan do Carmo não escondeu a frustração por ter falhado na disputa por uma vaga olímpica para Tóquio-2020 durante o Mundial de Gwangju, que está sendo disputado na Coreia do Sul. "Estou com uma sensação ruim por não ter conseguido o objetivo que eu tinha planejado, que era tentar a classificação. Não consegui chegar perto, mas eu tenho a certeza que fiz o meu melhor na prova. Houve alguns erros, pontos negativos, alguns pontos positivos também, mas a sensação é de que ficou um pouco a desejar do que era a minha expectativa", desabafou o nadador baiano, em entrevista exclusiva ao CORREIO.

Na segunda-feira (15), ele nadou a prova de 10 km do Mundial de esportes aquáticos. Para conquistar a vaga em sua terceira Olimpíada, precisava chegar entre os 10 primeiros colocados, mas cruzou a linha de chegada muito depois dos que garantiram vaga em Tóquio-2020. Allan chegou a figurar na 16ª posição durante a prova, mas terminou na 33ª colocação. 

Com o tempo de 1h50min14s7, a desvantagem de Allan foi de 2min18s80 para o campeão mundial, o alemão Florian Wellbrock, que precisou de 1h47min55s9 para nadar os 10 km. O francês Marc-Antoine Olivier chegou 0s2 depois e ficou com a medalha de prata. O também alemão Rob Muffels concluiu a prova em 1h47min57s4 e foi o terceiro colocado.

Allan do Carmo conta que teve problemas na hidratação da terceira volta, o que o fez se distanciar do pelotão da frente. "Foi uma prova muito forte, com um nível tecnico muito alto, como a gente esperava. Na terceira volta, quando eu fiz a hidratação, perdi um pouco de tempo e não esperava que a partir da terceira volta iria acelerar tanto a prova. Acabei perdendo o pelotão e, quando a gente perde o pelotão numa prova dessa, acaba sendo fatal e foi o que aconteceu", explicou o nadador de 29 anos que participou de Pequim-2008 e Rio-2016.

Também baiano, Victor Colonese teve desempenho ainda pior. Ele terminou em 35º lugar, com o tempo de 1h50min15s20. Com o resultado, o Brasil só poderá ter um representante na prova masculina de maratona aquática em Tóquio-2020. A vaga poderá ser obtida na seletiva olímpica, que será disputada em maio de 2020, em Fukuoka, no Japão, ou através da cota continental. No feminino, Ana Marcela Cunha garantiu a vaga graças ao 5º lugar no Mundial.

Pan de Lima Allan retorna para Salvador no sábado (20) e já se prepara para outro desafio, o Pan-Americano de Lima, no Peru. A competição será disputa de 26 de julho a 11 de agosto e ele cairá na água no dia 4. Na véspera, vai completar 30 anos.

"Quero me presentear lá. É uma competição importante, que não tem como mudar muita coisa agora. Só depois do Pan para pensar na seletiva. Agora o foco total é no Pan-Americano para melhorar o desempenho daqui do Mundial e aí poder ir mais empolgado para os treinos. Falta menos de um mês e não tem como pensar agora em seletiva pra Tóquio-2020", afirma.