Alta ocupação de UTIs pediátricas pode adiar retomada de aulas em Salvador 

‘Vamos aguardar pra ver se o aumento é momentâneo ou permanente’, disse ACM Neto ao citar 70% de ocupação

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  • Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2020 às 17:43

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Wendel de Novais/CORREIO

O prefeito ACM Neto demonstrou preocupação com o índice de ocupação das UTIs pediátricas em Salvador, usadas no tratamento da covid-19, e afirmou nesta terça-feira (13) que a situação pode atrasar o plano de retomada das aulas na rede municipal de ensino.

De acordo com ele, a ocupação de leitos de UTI Covid-19 para crianças chegou a 70%, enquanto o de leitos clínicos atingiu 80%.

“Hoje, temos 70% dos leitores de UTI pediátrica ocupados na cidade. Todo movimento de aumento de casos representa um alerta para a prefeitura. Houve esse movimento que nos chamou a atenção e vamos aguardar pra ver se o aumento é momentâneo ou se é algo permanente. Mas é claro que tudo isso tem influência direta nas conversas para o retorno às aulas”, declarou Neto, durante a coletiva sobre a reconstrução da Escola Municipal Elisa Saldanha, na Fazenda Grande III.

Praias lotadas O prefeito criticou o comportamento da população no processo de retomada das atividades e do afrouxamento voluntário do isolamento social. No fim de semana, circularam nas redes sociais diversos vídeos mostrando banhistas em praias fechadas de Salvador. Apesar do desrespeito aos decretos (a maioria das praias só pode ser frequentada em dias de semana), Neto disse não ter se arrependimento de ter tomado a medida.

"Não há arrependimento das praias estarem fechadas no feriado. Se não tivéssemos feito essas ações, o cenário seria muito pior. Em outros lugares do país, onde não houve restrição, era um horror. As pessoas se comportavam como se não houvesse pandemia e ninguém tivesse morrido pelo coronavírus", criticou.

O prefeito também disse que o poder municipal está trabalhando no limite para garantir a fiscalização das praias fechadas.

"Nós faremos o nosso trabalho no nosso limite. Continuaremos fiscalizando, continuaremos cumprindo as ordens e, pelo visto, como parece que faz parte da cultura de algumas pessoas, continuaremos presenciando o desrespeito das pessoas às restrições sanitárias. Pra ter uma fiscalização mais ampla, só com o auxílio da Polícia Militar, mas isso não é da nossa alçada", pontou.