Alunos de Fisioterapia fazem atendimento gratuito na Praça Ana Lúcia Magalhães

Ação foi realizada pela turma de Práticas Integrativas e Complementares da Unijorge, neste domingo (5)

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  • Felipe Aguiar

Publicado em 5 de dezembro de 2021 às 17:21

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

Este domingo (5) amanheceu com um temporal que surpreendeu a todos, mas não impediu que a turma de Fisioterapia da Unijorge realizasse atendimento gratuito na Praça Ana Lúcia Magalhães, na Pituba. Os alunos da disciplina de Práticas Integrativas e Complementares (PICs) planejaram a ação para atender pessoas que frequentam o local. Por conta da chuva, o evento, que estava programado para às 7h30, começou com uma hora de atraso.

De acordo com a professora de Práticas Integrativas Complementares do curso de Fisioterapia da Unijorge, Luciana Borges, 51, eles receberam pacientes que já sabiam do evento por conta dos alunos ou da divulgação feita nas redes sociais da universidade, além de pacientes que ela já atende. “Infelizmente a chuva não colaborou”, disse.

Luciana reforçou que pretende manter a ação como algo fixo em sua disciplina. “A ideia é que a gente possa fazer sempre esse evento para desmistificar a prática holística”, acrescentou. Para ela, a “semente foi plantada” e o maior valor do evento não seria a quantidade de pessoas atingidas, mas a qualidade do trabalho e a verdade colocada nele. A professora ainda garantiu estar satisfeita com o resultado, mesmo com os imprevistos do tempo.

Os tratamentos propostos na ação utilizaram recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir e tratar diversas doenças. As práticas de medicina alternativa usadas consistem no reiki, reflexologia, auriculoacupuntura, meditação e dança. Todas as práticas foram feitas sob a supervisão de professores. Dentre as técnicas previstas, apenas a ventosaterapia e a massagem não puderam ocorrer por conta das chuvas.

Segundo a coordenadora do curso presencial e semipresencial de Fisioterapia da Unijorge, Maiara Bouzas, estas são práticas que estão sendo mais difundidas atualmente e, inclusive, são oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Existem muitos estudos e evidências que mostram os benefícios da associação da medicina convencional com a utilização das Práticas Integrativas e Complementares, então é importante que tenhamos cada vez mais profissionais capacitados para oferecer um atendimento qualificado. Vale destacar que as PICs podem ajudar no tratamento tradicional, sendo um complemento e devem ser sempre indicadas por profissionais capacitados, de acordo com a necessidade de cada paciente”, enfatizou.

O gestor hospitalar e atual estudante de fisioterapia, Robson Andrade, 54, comentou que esta experiência prática foi enriquecedora. “Todo aprendizado é importante”, assegurou. O estudante também contou que, durante a ação, enquanto os alunos esperavam por pacientes, eles fizeram algumas práticas uns com os outros. “A chuva caindo já não interessava muito, só me interessava o que estava acontecendo ali”, acrescentou.

O estudante ainda comentou a visão cética das pessoas sobre as práticas integrativas. “Olham para elas como algo muito místico”, declarou. Para Robson, o olhar preconceituoso sobre as práticas oriundas da ancestralidade oriental são uma perda para a saúde dos pacientes e é fundamental que pessoas com menor poder aquisitivo possam experimentar essas técnicas da medicina sem medo. “Se elas estão disponíveis no SUS, o povo precisa conhecê-las”, avaliou. Também sobre o efeito dessas práticas, Robson afirmou que graças a troca feita entre os colegas de turma, ele saiu do evento com o corpo e a mente mais leves.

*Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lôbo.