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Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2021 às 09:52
- Atualizado há 2 anos
Pacientes que sofrem de mal de Alzheimer têm até tr~es vezes mais chances de sofrerem casos graves ou morrerem de covid-19, aponta estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade de São Paulo (USP) e Instituto Butantan. Isso coloca a doença como a comorbidade mais perigosa para a doença.>
"Ficamos realmente impressionados com o peso das demências sobre o agravamento da Covid-19. Sozinhas, elas têm mais impacto do que doenças cardiovasculares, diabetes e obesidade, consideradas as comorbidades mais importantes para o agravamento da covid", explica o professor Sergio Ferreira, do Instituto de Biofísica e de Bioquímica Médica da UFRJ, ao jornal O Globo, que divulgou dados nesta terça-feira (25).>
O estudo foi publicado na revista científica Alzheimer's & Dementia e se baseou em uma análise epidemiológica avaliando dados do UK Biobank, projeto que há 15 anos acompanha 500 mil voluntários no Reino Unido, que fazem exames de saúde periódicos e permitem o acesso dos pesquisadores.>
Foram selecionados 16 mil pacientes com mais de 65 anos, quando demências se tornam mais comuns, que tinham sido testadas para a covid. 1.200 já tinham sido infectadas. Os cientistas analisaram os dados e verificaram um risco até três vezes maior de doença grave e morte. Também viram que pessoas com demência têm o triplo de risco de pegarem a covid, o que descarta influência de outras comorbidades. >
"É um grave problema de saúde pública. Mais de um milhão e meio de pessoas sofrem de demências no Brasil. É preciso garantir que elas sejam vacinadas. Mesmo que tenham que ser vacinadas em casa", defende Ferreira.>