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Antônio Meira Jr.
Publicado em 28 de janeiro de 2022 às 06:00
- Atualizado há 2 anos
A Amarok é a primeira picape média da Volkswagen. Foi lançada em 2010 e chegou ao Brasil em 2011, importada da Argentina. Mas apesar de ter em algumas versões um sistema exclusivo de tração integral, há três anos o veículo ganhou seu maior diferencial: um motor V6 turbodiesel. O propulsor, oriundo da Audi, deixou o modelo da VW um passo à frente das concorrentes em relação à potência. Com 3 litros de cilindrada, ele combina tecnologia de injeção direta common-rail de combustível e turbocompressor de geometria variável. São 258 cv disponíveis entre 3.250 rpm e 4 mil rpm. O torque máximo, de 59,1 kgfm, é entregue a partir 1.400 rpm e se mantém pleno até os 3 mil giros. Confira a avaliação em vídeo Há ainda a função Overboost, que eleva a potência em mais 14 cv durante dez segundos - nesse momento o motorista terá à disposição 272 cv. Essa função está disponível quando a picape roda entre 50 km/h e 120 km/h. O recurso é ideal para uma ultrapassagem em subida com a caçamba carregada, por exemplo. A transmissão é a mesma de oito velocidades fornecida pela ZF que equipa outras versões do veículo. No entanto, o equipamento passou por uma reconfiguração para trabalhar com esse motor de desempenho superior. Este câmbio permite ainda trocas manuais pela alavanca ou pelas borboletas (paddles shift) atrás do volante. >
Para parar a picape, a engenharia da empresa retrabalhou o sistema de frenagem. Apenas com essa motorização, a Amarok é equipada com freios a disco nas quatro rodas, recurso exclusivo no segmento. Experiência a bordo A Amarok V6 é imponente, mas a primeira frustração vem depois de sentar nos confortável banco com ajustes elétricos: é preciso engatar e girar a chave para ligar o motor. A picape não conta com partida por botão, que é oferecida em quatro das cinco concorrentes: Ford Ranger, Nissan Frontier, Mitsubishi L200 e Toyota Hilux. Sendo que duas delas (Chevrolet S10 e Ford Ranger), contam até com partida remota via aplicativo. No interior, o destaque são os bancos dianteiros elétricos. A direção conta com assistência hidráulica, algumas rivais usam o sistema elétrico Mas depois que o condutor se acomoda e pisa no acelerador, a Amarok V6 proporciona uma experiência única entre as picapes médias. Graças ao sistema de tração integral, chamado pela VW de 4Motion, a aceleração é linear e não há o tradicional escorregamento da traseira em saídas mais fortes. O controle de tração ainda contribui com a estabilidade do conjunto.>
Essa picape, que pesa sem carga 2.185 kg, acelera de 0 a 100 km/h em apenas 7,4 segundos. Além disso, a autonomia do tanque de 80 litros é ampla. Na cidade, o consumo médio foi de 9 km/l e na estrada chega aos 9,5 km/l.>
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A caçamba tem capacidade para 1.280 litros e conta com uma tomada de 12 V, mas os ganchos para amarração são muito baixos. Para fixar uma carga é preciso lembra de passar a corda primeiro. Poderia contar com mais opções de prendedores.Custo e manutenção A Amarok V6 é oferecida apenas na versão topo de linha, a Highline. Ela está tabelada por R$ 303.590, mas há a opção do pacote Extreme que custa mais R$ 16.300. Por esse valor extra a VW entrega equipamentos como rodas de 20 polegadas, santantônio esportivo e estribos laterais. Nessa versão, o utilitário tem capacidade para transportar 1.105 kg O protetor de caçamba é de série, mas a capota marítima custa R$ 1.470 a mais. Então, para levar para casa um modelo como o avaliado é preciso desembolsar R$ 321.360. Se você optar por uma pintura metálica ou perolizada, separe mais R$ 1.520. A Amarok tem três anos de garantia total e o preço médio das seis primeiras revisões, que devem ser feitas a cada 10 mil km ou 12 meses, é de R$ 1.713,24 cada.>