Anestesista é réu por erro de diagnóstico após paciente ficar em coma

Giovanni Quintella não fez avaliação completa na paciente

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  • Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2022 às 14:03

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução - Arquivo pessoal / Montagem: Correio24horas

Além do estupro que cometeu contra uma paciente durante o procedimento de cesárea, o médico Giovanni Quintella, preso na madrugada de segunda-feira (11), também é réu por um erro médico cometido no Hospital Mario Lioni, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

O processo foi movido por uma ex-paciente que teve diagnósticos equivocados por profissionais da unidade de saúde, incluindo Giovanni, em julho de 2018. Ela chegou com "delírios, calafrios, dificuldade na respiração, com falta de ar, tossindo muito e tontura". 

Informaram que ela estava com infecção urinária e a médica de plantão, que fez o primeiro atendimento, foi alertada para que fosse feito um outro exame, para descartar um caso mais grave. O quadro da paciente não melhorou, mesmo sendo injetado remédios para a infecção. 

Pouco depois, a mulher retornou ao hospital e foi atendida por Giovanni que, esbravejou que a paciente estava com "ansiedade, e que seu estado físico estava bem", sem avaliá-la novamente.

Encaminhada para um cardiologista, o quadro da paciente evoluiu para pior e, segundo o G1, ela teve sintomas graves, como: "enorme falta de ar, chegou a ter sua visão afetada, em virtude da falta de oxigenação para a córnea, causando cegueira momentânea, tossindo catarro com sangue, de espessura grossa e de grande volume, afetando seu raciocínio, mobilidade motora, pressão elevada, dormência e desorientação no tempo e espaço".

No quarto deslocamento à unidade de saúde, ela foi diagnosticada com pneumonia severa e portadora do vírus H1N1, ficando em coma por 23 dias por causa de uma trombose por falta de fluxo sanguíneo. 

A paciente de Giovanni perdeu o polegar direito e teve o nervo do joelho afetado, perda de cabelo, distrofia muscular, perda de memória antiga, além de ter precisado reconstruir o tendão de Aquiles. Ela processou o médico, mas Giovanni nunca apresentou defesa nos autos do processo.