Anonymous declara guerra cibernética contra Rússia por invasão na Ucrânia

O grupo afirma ter sido o responsável por ataques virtuais contra sites do governo

Publicado em 25 de fevereiro de 2022 às 14:43

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

Horas após a Rússia iniciar a invasão na Ucrânia, na madrugada da quinta-feira (24), o grupo hacker Anonymous declarou através das redes sociais que está iniciando uma guerra cibernética com o país russo.

No comunicado, o Anonymous, que se intitula ativista da liberdade digital, também afirma ter sido o responsável por ataques virtuais contra sites do governo e da emissora afiliada ao estado russo.

A informação da queda de sites do governo russo foi confirmada por Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, que comentou que algumas páginas ligadas ao estado enfrentavam instabilidades na quinta-feira (24). O site voltou ao ar ao meio-dia desta sexta-feira (25).

O Anonymous também divulgou por meio do Twitter que a Rússia está preparando uma operação de bombardeamento na capital da Ucrânia, Kiev. Na manhã desta sexta-feira (25), entretanto, as tropas russas chegaram a cidade e falaram em negociação com o governo ucraniano.The Anonymous collective is officially in cyber war against the Russian government. #Anonymous #Ukraine

— Anonymous (@YourAnonOne) February 24, 2022Grupo Anonymous

As atividades recentes do grupo Anonymous não tem sido tão efetivas quanto eram no começo dos anos 2010, época em que eram temidos por toda a internet.

Em atuação mais recente no Brasil, o grupo declarou guerra contra o presidente Jair Bolsonaro. Por meio de um vídeo gravado em inglês, eles convocaram a população para as ruas no feriado de Sete de Setembro de 2021, em que se comemora a Independência do Brasil, para lutar contra o governo. No mesmo dia, Bolsonaro convocou seus apoiadores para as manifestações.

O vídeo foi divulgado em uma invasão ao site da FIB Bank. A empresa era investigada pela CPI da Covid no Senado por oferecer uma garantia financeira de R$ 80,7 milhões no contrato entre a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde, no caso da venda da vacina indiana Covaxin.