Antecipação da 2ª dose em Salvador contra variante é discutida, diz Leo Prates

Estratégia seria para Astrazeneca; prefeito diz que cidade já antecipa quando possível

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  • Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2021 às 13:13

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arisson Marinho/Arquivo CORREIO

A possibilidade de antecipação da aplicação da segunda dose como estratégia para combater a variante delta da covid-19 é discutida em Salvador, segundo o secretário municipal da Saúde, Léo Prates. "Conversei com o secretário Fábio (Villas Boas), a gente está debatendo a possibilidade de antecipar a  Astrazeneca. É decisão da coordenação estadual da vacinação, que é do governo, que vai nos dar orientação na CIB. Nossa defesa é da ideia que o governador Rui Costa trouxe, de antecipação da vacinação da Astrazeneca", diz. "Está comprovado que essa vacina tem efetividade com duas doses contra a variante delta. A gente acredita que a antecipação é efetiva", diz.

Mais cedo, o prefeito Bruno Reis disse que a cidade já faz uma antecipação quando possível. "Nós já estamos antecipando a segunda dose. Nós não vamos antecipar um mês, pois isso reduz a eficácia da vacina", afirmou. "A bula da Oxford diz que se você reduzir mais de 20 dias pode perder a eficácia em 4%. Já fizemos até 15 dias de antecipação, principalmente quando não temos primeira dose para diminuir as filas", diz.

O intervalo que deve ser dado entre as duas vacinas deve ser discutido na CIB. No Mato Grosso do Sul, o prazo entre a 1.ª e a 2.ª dose foi encurtado para oito semanas (56 dias). Goiás informou que está antecipando a segunda dose "em alguns dias". O Espírito Santo está antecipando para dez semanas o intervalo (70 dias) e o Maranhão diminui a espera para oito semanas. Em Pernambuco, o estado autorizou que as cidades apliquem a segunda dose de 60 a 90 dias depois da primeira. 

Questionado sobre um calendário para o fim da vacinação do público alvo em Salvador, Bruno novamente preferiu não cravar datas. "Qualquer estimativa que faça de data de vacina de algum público ou para conclusão da vacinação depende de um fator que o prefeito não controla: as vacinas", disse. "Temos toda a estrutura, mas o prazo é definido pela disponibilidade de vacinas. Isso é função do governo federal", acrescentou.

Réveillon e Carnaval Bruno falou também do momento de retomada de algumas atividades e expansão de horários, com o início da fase verde em Salvador. Ele não quis falar da possibilidade de acontecer Réveillon e Carnaval. "Vamos cada dia com sua agonia. Hoje demos um passo importante, com os eventos sociais. Um novo passo é a realização de festas com capacidade limitada. A cada dia vamos tendo mais clareza dos cenários futuros", acredita.

Apesar da cautela, ele afirmou que, claro, "se depender do prefeito vai ter Reveillón e Carnaval". Bruno disse que a vida normal vai voltar, porque a "vacina resolve", mas ainda não é possível saber quando. "Esse dia vai chegar. Qual a data máxima para tomar essa decisão sobre o Carnaval? Novembro. Se eu puder decidir em agosto, farei. Mas, apenas, se tivermos condições sociais para isso". Para ele, tratar nesse momento de questões futuras só irá "tumultuar".  "Se tivermos condições de fazer Carnaval, vamos fazer. Esse momento com fé em Deus vai chegar e vamos anunciar como serão o Carnaval e os protocolos".