Antes de matar jovem, encapuzados invadiram duas casas em Camaçari

Crime pode ter ligação com homofobia ou tráfico de drogas, avalia delegado

Publicado em 16 de dezembro de 2021 às 12:36

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

Os três homens encapuzados que arrombaram a casa e mataram a jovem Camury Rosa de Jesus Amorim, 20 anos, na madrugada desta quarta -feira(15),  invadiram outros dois imóveis vizinhos à cena do crime em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador (RMS). No segundo imóvel violado havia um casal, que, posteriormente, já foi ouvido pela polícia. 

O crime aconteceu numa avenida de casas no bairro do Gravatá. Os imóveis são da avó de Camury, que há três meses Havaí se mudado para o local. No comando da investigação, o delegado Almir Góes, da 4° DH/RMS, colheu o depoimento do casal.  "Primeiro os encapuzados arrombaram uma casa que estava vazia. Em seguida, eles derrubaram a porta do segundo imóvel onde estava o casal. Após uma rápida busca, um dos criminosos disse: 'Não é nenhum de vocês não. Fiquem quietos, calem a boca!' E foram para a terceira casa, onde encontraram e mataram Camury", disse Goés.

Segundo o delegado, a polícia trabalha com várias possibilidades de motivação para o crime."Toda vítima que faz parte do público LGBTQIA+ tem que ser levado em consideração o crime de homofobia, devido ao histórico de preconceito da sociedade. O outro fato do crime está relacionado ao tráfico de drogas. Isso porque na casa havia cachimbos usados para consumo de crack, além do fato de um dos amigos dela ter revelado que a vítima era usuária de drogas", declarou Góes. Até agora, somente quatro pessoas foram ouvidas na 4° DH/RMS. "Um amigo e alguns vizinhos, que relataram que a jovem não era de conversar, que vivia trancada .casa, que ao sair, apenas cumprimentava as pessoas, que ela só interagia com os amigos que a visitavam", disse o delegado. "Recebemos uma ligação de um parente, informando que virá aqui na segunda para dar mais esclarecimento", finalizou Góes.