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APLB emite nota de repudio a declaração do secretário da Educação de Salvador

Em entrevista ao CORREIO, Marcelo Oliveira afirmou que a representação sindical dos professores influenciou na baixa frequência presencial dos alunos da rede municipal

  • D
  • Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2021 às 23:55

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Shutterstock

A Associação dos Professores Licenciados do Brasil (APLB) - Sindicato emitiu uma nota de repúdio nesta terça-feira (09) sobre uma declaração do secretário da Educação de Salvador, Marcelo Oliveira, a respeito da baixa frequência presencial dos alunos da rede municipal.

Em entrevista ao CORREIO, o responsável pela pasta afirmou que o afastamento dos alunos das escolas "tem origem no tempo excessivamente longo longe da sala de aula por conta da pandemia, mas também por conta da posição obstinada da representação sindical dos professores que insistia em não voltar às aulas enquanto não estivessem completamente vacinados. Isso prejudicou muito o retorno. Eles chegaram a fazer campanha, aterrorizando os pais dizendo que se as crianças fossem para a escola iriam morrer, levar o vírus para casa e matar todo mundo, o que carece de verdade, é uma falácia."

A APLB afirma que o secretário, em sua fala, culpa a associação pelo não retorno dos alunos às escolas. Em nota, o sindicato declara que repudia de forma veemente as declarações de Marcelo Oliveira e argumenta que esteve durante todo o período da pandemia na luta em defesa da vida, exigindo condições dignas de trabalho para que os professores.

Segundo os representantes sindicais, o executivo municipal exigia o retorno às aulas a qualquer custo, pondo em risco a vida dos professores e alunos, mesmo com o vírus circulando em grande escala em Salvador, ocorrendo, inclusive, óbitos de professores e gestores que trabalhavam presencialmente. "Se o sindicato não agisse dessa forma, teríamos perdas ainda maiores entre a categoria, bem como a comunidade escolar", afirmam.

Procurada, a Secretaria Municipal da Educação de Salvador não se posicionou sobre o caso até o momento de publicação desta matéria.

Confira a nota da APLB - Sindicato na íntegra:

A APLB- Sindicato  repudia de forma veemente as declarações do secretário e destaca:

Quando foi que os professores deixaram de trabalhar e dar atenção aos seus alunos ? Durante toda a pandemia, quando foi que a Secretaria da Educação disponibilizou instrumentos tecnológicos para os professores e alunos? Quando promoveu a  formação,  se preocupou e cuidou da saúde dos  professores que adquiriram  ansiedade,  estresse por conta da rotina do trabalho, das exigências da própria secretaria, sem dar nada em troca?

Além disso, o executivo municipal  exigia o retorno às aulas a qualquer custo, pondo em risco a vida dos professores e alunos, mesmo com o vírus circulando em grande escala em Salvador, ocorrendo,  inclusive, óbitos de professores e gestores que trabalhavam presencialmente. Se o sindicato não agisse dessa forma, teríamos perdas ainda maiores entre a categoria, bem como a comunidade escolar.

A APLB esteve durante todo esse período na luta em defesa da vida,  exigindo condições de trabalho para que os professores pudessem oferecer  dignamente o merecido tratamento aos seus alunos. Os professores cumpriram dignamente o seu papel durante o ensino remoto, em 2020 e 2021,   com seus próprios  recursos, tendo  aumento de despesas nas sua contas de energia, internet, com seus próprios  computadores, celulares,  preenchendo planilhas, elaborando planos de aula e tarefas para os alunos e ainda tiveram auxílios e gratificações cortados.

A APLB também  exigiu que as escolas fossem equipadas conforme os protocolos de biossegurança estabelecidos pelos Órgãos de saúde quando todos retornassem às aulas no momento apropriado. No retorno às  aulas, dia 23 /08, a realidade que se apresentou foi  outra! Escolas não vêm cumprindo os protocolos,   a alimentação escolar para os alunos é de baixa qualidade, faltam professores em diversas disciplinas, falta pessoal de apoio nas escolas, falta segurança nas escolas, pois  agentes de portaria foram demitidos;

Essa realidade tem contribuído pela insegurança dos pais em mandar seus filhos para as escolas , até porque  eles têm o direito de optar em manter seus filhos no ensino remoto e não mandar  seus filhos para participarem das aulas de forma presencial.

Em vez do secretário da educação responsabilizar a APLB-Sindicato e, consequentemente, os professores, por que não faz a autocrítica pela baixa qualidade da Educação  que é oferecida aos alunos? Por que não oferece alimentação escolar de qualidade e em quantidade suficiente para as crianças , jovens e adultos da rede, cuja maioria é  oriunda de famílias de baixa renda?  Por que suspendeu as cestas básicas para as famílias desses alunos? Por que não faz formação continuada para os professores?  Por que os equipamentos de informática continuam sendo só promessa?

APLB  exige que o secretário da Educação se retrate na imprensa e peça desculpas à APLB-Sindicato e aos professores, que  têm dado tudo de si para atender seus alunos, sem a devida assistência e reconhecimento do poder público.