Aplicativo que descobre documento falso será lançado no Carnaval

Estratégia será usada pela Secretaria de Segurança Pública

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  • Bruno Wendel

Publicado em 13 de janeiro de 2020 às 18:00

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No Carnaval, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) vai ampliar ainda mais o combate à criminalidade com o uso da tecnologia. Além das ferramentas já conhecidas, como o uso de câmeras em alta resolução e do reconhecimento facial, policiais contarão com um aplicativo que vai possibilitar a autenticação de documentos através de um banco de dados da própria SSP. 

“O que a gente tenta é o máximo de uso da tecnologia, como o reconhecimento facial e de placas, usados no mundo inteiro, e isso a gente tenta aperfeiçoar. Vamos testar um sistema, ou seja, ir até a nossa base de dados para tentar fazer uma autenticação da identidade da pessoa”, declarou o secretário de Segurança Pública Maurício Teles Barbosa, durante apresentação dos dados de um balanço de ações do ano passado, no Centro de Operações e Inteligência (COI), no CAB – a Bahia registrou 32% do aumento de feminicídio no ano passado. 

Barbosa detalhou como irá funcionar o aplicativo. “Nas abordagens, o criminosos pode apresentar um documento falso, mas nossos policiais estarão com smartphones com o aplicativo. Com a foto e a impressão digital da pessoa, teremos condições de autenticar se aquela pessoa é mesmo quem diz ser, através do nosso banco de dados”, explicou o secretário, que até o Carnaval irá falar mais sobre a nova arma de combate à criminalidade, inclusive sobre a possibilidade de a tecnologia ser usada diariamente após a festa de Momo. “Estamos desenvolvendo tudo e o Carnaval será o nosso termômetro”, acrescentou.  

Tecnologia De acordo com a SSP, 110 criminosos (homicidas, feminicidas, traficantes, estupradores, receptadores, assaltantes e outros) foram alcançados na capital e em Feira de Santana, em 2019, após alertas do Sistema de Reconhecimento Facial, implementado pela Secretaria da Segurança Pública. O software analisa os rostos captados pelas câmeras inteligentes e compara com o banco de dados da pasta, possibilitando a prisão de pessoas que tenham mandado de prisão expedido pela Justiça.

O sistema funciona como uma espécie de ‘Big Brother’. As 100 câmeras que hoje estão vinculadas ao software de reconhecimento captam tudo o que acontece a qualquer instante do dia. Elas estão espalhadas em várias partes de Salvador e, de uma central de monitoramento, policiais cruzam as imagens captadas com dados do Banco Nacional de Mandados de Prisão, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 

Só na Bahia, na tarde do dia 31 de dezembro do ano passado, havia 12.187 mandados em aberto. Em todo o Brasil, eram 378.397 mandados.