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Da Redação
Publicado em 17 de março de 2020 às 22:04
- Atualizado há 2 anos
O presidente Jair Bolsonaro voltou a testar negativo para coronavírus em um segundo teste feito para confirmar se ele estava ou não com o vírus. "Informo que meu 2° teste para COVID-19 deu NEGATIVO. - Boa noite a todos", postou o presidente em seu Twitter, pouco antes das 22h desta terça-feira (17).>
Ao menos 12 pessoas que trabalham diretamente com o presidente, e que participaram de uma viagem aos Estados Unidos com a presença de pessoas infectadas, haviam testado positivo, incluindo seu secretário de Comunicação; Fábio Wajngartern, que está em quarentena. O presidente dos EUA, Donald Trump, também fez teste para saber se estava infectado, o qual também deu negativo. >
A presença de Bolsonaro, ainda sem a contraprova, em ato de apoiadores contra o Congresso e o Supremo (tirando selfies e cumprimentando dezenas de pessoas com apertos de mãos e abraços), no domingo, motivou diversas críticas ao comportamento do líder nacional por não seguir as recomendações do seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, de manter distanciamento em caso de suspeita da doença. >
Calamidade Momentos antes de Bolsonaro divulgar o resultado negativo, a Secretaria de Comunicação da Presidência havia informado que o governo pedirá ao Congresso Nacional para reconhecer estado de calamidade pública em razão da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.>
De acordo com a Presidência, se for reconhecido o estado de calamidade, a União não precisará atingir a meta fiscal prevista para 2020. O orçamento deste ano, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, admite déficit fiscal de até R$ 124,1 bilhões nas contas públicas.>
"Em virtude do monitoramento permanente da pandemia Covid-19, da necessidade de elevação dos gastos públicos para proteger a saúde e os empregos dos brasileiros e da perspectiva de queda de arrecadação, o governo federal solicitará ao Congresso Nacional o reconhecimento de estado de calamidade pública", informou a Secretaria de Comunicação.>
A decisão é apoiada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que informou ao Jornal Nacional, da TV Globo, que pretende trabalhar pela aprovação do pedido. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, ainda não se posicionou sobre o assunto.>
A pandemia do novo coronavírus tem provocado efeitos na economia mundial. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), por exemplo, já reduziu de 2,9% para 2,4% a previsão de crescimento da economia global.>
Além da OCDE, o Fundo Monetário Internacional (FMI) também prevê que o crescimento global em 2020 será menor que o registrado no ano passado.>