Após fala de senador sobre atriz pornô em CPI, Mia Khalifa diz: 'eu não sou médica'

Atriz não foi citada pelo senador Heinze, que teve fala ligada a um meme com a libanesa. Gaúcho criticou o que chamou de tentativa de ridicularizar opinião contrária

Publicado em 25 de maio de 2021 às 22:48

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: Reprodução e Edilson Rodrigues/Agência Senado

Após ter virado tema nas redes sociais, entre usuários brasileiros, nesta terça-feira (25), por conta da CPI da covid, a ex-atriz pornô Mia Khalifa usou as redes sociais para comentar o meme envolvido em toda confusão. "Não sei quem precisa ouvir isso (Brasil), mas não sou médica, então não aceite conselhos médicos de memes falsos meus que você encontrou no WhatsApp ... tchau", escreveu no twitter, em inglês. Ela ainda usou o meme de Anitta, em referência à música Girl From Rio, e postou uma foto com o ônibus com a inscrição 'Girl From Beirut'.   No entanto, Mia não foi citada pelo senador governista Luiz Carlos Heinze, do Rio Grande do Sul. Durante sua fala em defesa do uso da hidroxicloroquina, mesmo sem comprovação científica, o senador disse: "Pesquisa da The Lancet, fraudulenta. Escutem o que eu vou dizer: essa fraude, que envolvia uma companhia de fachada chamada Surgisphere, alegava ter registro de 671 hospitais, que misteriosamente pediam para permanecer anônimos, e alegava que o tratamento com hidroxicloroquina teria matado pacientes do covid", citando um caso verdadeiro que ocorreu em 2020. Ao complementar sua argumentação ele afirmou: "Pesquisadores começaram a investigar e descobriram que a gerente de vendas da Surgisphere era, pasmem, senhoras deputadas que estão aqui, senhores senadores, a gerente de vendas da Surgisphere era uma atriz pornô. Uma atriz pornô. Nada contra ela. E a diretora científica era uma escritora de ficção científica", disse. Nas redes sociais, a fala do senador foi ligada a um meme que usa a imagem da ex-atriz pornô Mia Khalifa, como se fosse uma médica brasileira que conduzia um estudo sobre a cloroquina.  Após a repercussão da fala, Heinze foi às redes sociais reforçar que se referia ao caso publicado em jornais ingleses. "Tentar ridicularizar uma opinião contrária não é respeitar a democracia. Pior ainda se o desrespeito é realizado com “Fake News”, propagando uma calúnia para milhares de internautas. Hoje, sofri ataques vergonhosos com o sentido de neutralizar meu discurso", criticou o senador.