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Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2020 às 05:00
- Atualizado há 2 anos
Assim que houver uma vacina, a Arena Fonte Nova estará disponível para funcionar como um centro de vacinação em massa, com capacidade para imunizar até 100 mil pessoas por dia. Para 2021, a primeira ação pensada pela direção do espaço multiuso foi justamente apresentar ao poder público uma simulação de uso do espaço para a imunizar a população. >
Segundo Dênio Cidreira, presidente da Fonte Nova Negócios e Participações (FNP), a intenção é que a Arena sirva tanto o público de Salvador, quando da sua Região Metropolitana (RMS). Ele lembrou, durante entrevista para o programa Política & Economia, apresentado pelo jornalista Donaldson Gomes no Instagram do CORREIO ( @correio24horas ), que a logística da vacina vem se desenhando como uma questão bastante importante. >
Segundo ele, com 60 baias, usando quatro macroambientes, e prevendo sempre a vacinação dentro dos carros, para manter o distanciamento social, há possibilidade de vacinar 100 mil pessoas por dia. “A gente vai precisar de um esquema de logística muito forte para não perdermos vidas desnecessariamente. Cada dia a mais que as pessoas deixam de ser vacinadas é um risco maior de perdas”, diz. >
Outro ponto destacado por ele é que as vacinas que estão sendo estudadas necessitam de refrigeração. Segundo Cidreira, a estrutura da arena é compatível com as exigências para quase todos os tipos que estão em estudos. “Temos a estrutura usada para refrigerar as bebidas e temos geradores, além de estarmos ligados a duas subestações da Coelba. A chance de perder as vacinas por falta de energia é zero”, garante. >
“O público é a nossa alma. Em 2019, vínhamos em um ritmo muito forte. Tivemos 1,5 milhão de pessoas que frequentaram a Arena nos mais diversos tipos de eventos”, lembra. E aí, o público vai desde o tradicional torcedor do futebol, até os fiéis que lotaram o espaço na cerimônia da canonização da Santa Dulce dos pobres, passando por quem foi para o Festival de Verão, ou outro grande evento musical. >
Segundo Dênio Cidreira, a chegada da pandemia fez a direção da Arena Fonte Nova alterar todas as prioridades para 2020 “Fomos abatidos em março por esta pandemia e o que nós fizemos foi procurar nos reinventar rapidamente. Este é um equipamento importante demais para ficar sem funcionamento”, diz. >
“Analisamos várias hipóteses, como drive-thru, lives e outras, mas entendemos que a melhor hipótese seria mesmo servir à saúde da Bahia naquele momento. Nosso raciocínio é muito simples, quanto menos trauma houver durante esta pandemia para os baianos, mais fácil será voltar à vida normal, que é o que todos queremos”, ressalta. >
A partir daí, conta ele, surgiu a decisão de montar o hospital de campanha lá para atender pacientes com a covid-19 e da campanha de vacinação através de um drive-thru, que garantiu distanciamento de idosos e outros públicos mais vulneráveis à doença, sem deixar de vaciná-los contra a gripe. >
Segundo ele, em relação aos grandes eventos, o planejamento da empresa responsável pela gestão e operação da Arena passou para o ano de 2021 em diante. >
Retorno da torcida Segundo Dênio Cidreira, o espaço está preparado para qualquer cenário em relação às atividades esportivas, inclusive para um eventual retorno dos torcedores aos jogos. Mas ele ressalta que a decisão sobre quando e em que condições cabe às autoridades públicas. >
“O que cabe a nós é estamos totalmente preparados para qualquer tipo de cenários, então temos infográfico com o funcionamento de 10% da capacidade, 20%, 30%, vários cenários, mas o setor público tem muito mais informação para determinar o momento”, diz. >
Shopping e cartódromo e até um restaurante nos planos Após se consolidar como um espaço multiuso, a nova fase de desenvolvimento da Arena Fonte Nova tem o objetivo de consolidar o espaço como em um centro de entretenimento com funcionamento contínuo. Estão em estudos a implantação de um shopping, um restaurante temático e um cartódromo, entre outras atrações. Para o presidente da Fonte Nova Negócios e Participações, Dênio Cidreira, o desafio agora é montar esta estrutura sem que isso inviabilize os eventos de grande porte. >
“Eu não posso inviabilizar um jogo do Bahia ou um show internacional. Quebramos muito a cabeça e já chegamos em alguns ativos que podem ser montados”, destaca. Alguns já estão em soft open, complementa. É o caso da Arena Games, que atua em um mercado multimilionário e que já interessa inclusive redes de canais fechados. >
Na Arena Games, já foram investimentos cerca de R$ 2 milhões pela empresa que opera o espaço, através de patrocínios. O shopping e o cartódromo estão orçados entre R$ 70 milhões e R$ 100 milhões, enquanto o restaurante deve receber um investimento entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão. >
Mais Planos Dênio Cidreira avalia que a arena tem grandes chances de ser escolhida como a sede da final da Copa Sulamericana em 2022 ou em 2023.>
Ele acredita que o histórico positivo na realização de grandes jogos de futebol, que imortalizam o local como a “Fonte dos gols”, vai ajudar a arena a atrair o evento. “Eu acredito que a avaliação da qualidade do gramado conta muito positivamente, o primeiro jogo que recebemos da Conmebol (associação responsável pelo futebol na América do Sul) foi muito bem avaliado”. >
“Você pode ter dois times do exterior com potencial para atrair muitos turistas para cá. Ainda temos muito o que evoluir não só para jogos internacionais, como este da Sulamericana, como em eventos de grande porte”, destaca.>
No próximo ano, a Arena Fonte Nova pretende lançar um calendário base, com a definição de datas para os principais eventos realizados no espaço, como é o caso do Carnavalito. “Vão ter datas em alguns períodos do ano que serão base em nossa estrutura de eventos”, diz. >