Aziz vê Pazuello como 'um forte candidato' a indiciamento

Presidente da CPI da Covid criticou a participação do ex-ministro da Saúde em ato do presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro

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  • Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2021 às 13:26

- Atualizado há um ano

. Crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, senador Omar Aziz (PSD-AM), criticou a participação do presidente Jair Bolsonaro e do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, em ato que reuniu centenas de motociclistas na zona oeste do Rio de Janeiro no domingo, dia 23. Aziz direcionou suas críticas principalmente ao ex-ministro da Saúde, concordando com o vice-presidente do colegiado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), de que Pazuello é "um candidato forte" ao indiciamento.Pazuello esteve junto de Bolsonaro em evento que reuniu milhares de motociclistas no Rio de Janeiro, ambos não usavam máscaras, item de uso obrigatório no Estado. O ex-ministro, que na semana passada prestou depoimento na CPI da Covid, já havia sido flagrado sem máscara em um shopping em Manaus. Quanto ao ocorrido na capital do Amazonas, Pazuello se desculpou a senadores durante sua oitiva, dizendo que foi fotografado em um breve intervalo em que estava a procura de uma loja que vendesse o item de proteção. Em entrevista a CNN Aziz afirmou que Pazuello será reconvocado à comissão, e que será questionado sobre este episódio. "Vou perguntar ao Pazuello se o presidente Bolsonaro estava vendendo máscara, porque ele subiu no palanque sem máscara e não comprou nenhuma máscara lá", declarou Aziz. Para o senador, o ex-ministro "mentiu muito" em seu depoimento na comissão, e que, reconvocado, que ele possa comparecer à CPI sem um "habeas corpus embaixo do braço", que, segundo Aziz, ele utilizou para fazer "gracejos" e contar "historinhas", evitando dar respostas objetivas sobre seu tempo à frente da pasta. O presidente do colegiado também criticou o movimento de ontem no Rio de forma geral. Aziz chamou os integrantes do ato de "motoqueiros do apocalipse" e questionou a motivação do ato. "Essa aglomeração que foi feita gerou algum emprego pro Brasil? Não gerou. Trouxe algum dos mortos à vida? Não. Vai evitar morte pelos covid? Não", afirmou o parlamentar.