Bahia chega a seis jogos seguidos sem perder no Barradão

Tricolor também encerrou jejum de quatro jogos sem vencer o Vitória

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  • Vinicius Nascimento

Publicado em 1 de março de 2020 às 19:43

- Atualizado há um ano

. Crédito: Felipe Oliveira/EC Bahia

Até os 49 minutos do segundo tempo o torcedor rubro-negro tinha motivo para tirar um sarro dos amigos tricolores, mesmo com o empate que permanecia no placar do Ba-Vi. Tudo via whatsapp ou nos bares e lares espalhados pela cidade, já que a recomendação do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) por torcida única impede que tricolores e rubro-negros compartilhem o mesmo estádio. Contudo, a cobrança de falta de Arthur Rezende no último lance do clássico colocou o 2x1 no placar final e mudou o jogo a favor do Bahia. Um tabu foi quebrado e outro mantido.

Quem se espatifou foi a sequência invicta do Vitória, que estava há quatro jogos seguidos sem perder do Bahia - um triunfo conquistado no primeiro Ba-Vi do ano, pela Copa do Nordeste, e três empates.

Por outro lado, o tricolor segue firme e forte no estádio rubro-negro, onde não perde há quase três anos. A última derrota do Bahia, no Barradão, para o Vitória foi na semifinal da Copa do Nordeste de 2017, em que o Leão venceu por 2x1 no dia 27 de abril daquele ano. Com o 2x1 deste domingo (1º), chegou a três empates e três triunfos em sequência.

Muita provocação O clássico dos elencos de aspirantes do Vitória teve sabor de briga de gente grande, com reviravoltas e muita provocação. No primeiro gol do jogo, o time do Bahia foi mais contido e apenas se ajoelhou em conjunto no meio-campo para agradecer aos céus pelo tento marcado pelo zagueiro Anderson, aproveitando cobrança de escanteio de Arthur Rezende.

A partir do empate as provocações se apimentaram. Quando Eron igualou o placar com o seu quatro gol no Campeonato Baiano, saiu correndo em direção à torcida no fundo do gol e fez o gesto de pescaria, em alusão ao apelido de "Sardinha" que a torcida do Leão utiliza para provocar o rival. 

Mas Eron acabou queimando a língua no último lance do jogo, quando Arthur Rezende deu números finais ao placar em bela cobrança de falta. Na comemoração, Gustavo, do Bahia, fez a polêmica dancinha do meia Vinícius - aquela do "joelho, joelho, créu, créu, créu". 

No vestiário, o clima de provocação seguiu firme e forte. O atacante Caíque, que foi afastado recentemente por mau comportamento, filmou o clima de festa do elenco tricolor e mandou em alto e bom tom que o Vitória é "time de galinha", termo pejorativo que os tricolores usam para pirraçar os rubro-negros.

"Quem manda aqui é a gente. Vitória é mamão com açúcar! Quem manda aqui é a gente, tá? Mamão com açúcar, time de galinha", gritou Caíque. Ele ainda ganhou a companhia de Saldanha para afirmar que "quem manda aqui [no Barradão] é o Bahia".