Bahia perde para o Cruzeiro no Mineirão e cai uma posição no G4

Tricolor teve um jogador a mais em parte do segundo tempo, mas perdeu por 1 a 0 fora de casa

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  • Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2022 às 17:18

. Crédito: Cruzeiro/Divulgação

O Bahia foi até o Mineirão com a dura missão de tirar a invencibilidade do Cruzeiro como mandante na Série B. Apesar de um primeiro tempo controlado e sem sofrer muitos perigos, o tricolor acabou sofrendo um gol na segunda etapa e perdeu por 1x0 para o líder da competição. A derrota em Belo Horizonte, somada à vitória do Grêmio na rodada, fez a equipe baiana descer uma posição na tabela. Agora é a 4ª colocada, com 34 pontos.

A distância para o primeiro time fora do G4 também caiu, de seis para cinco pontos, e pode baixar mais. Isso porque o Tombense joga segunda-feira (25), no encerramento da 20ª rodada, e se ganhar do Operário-PR fora de casa chega a 31 pontos, em quinto lugar. Caso não vença, o Londrina, que tem 29 pontos, fica na posição.

O técnico Enderson Moreira manteve o esquema tático que utilizou nos últimos três jogos, o 5-3-2, e, assim como nas partidas anteriores, o comportamento do Bahia na primeira etapa foi positivo, principalmente defensivamente. As únicas mudanças no time foram no onze inicial, com as entradas de Didi e Rezende, nas vagas do suspenso Ignácio e do lesionado Patrick.

Com as duas linhas de marcação bem próximas, o Esquadrão deu pouco espaço para o Cruzeiro progredir em velocidade e com jogadas pelo centro do campo, obrigando os mineiros a partirem pelas laterais. Os mandantes tiveram dificuldades de criar chances claras e os maiores perigos vieram com bolas chutadas de fora da área.

Bruno Rodrigues, estreando pela Raposa, e Neto Moura tentaram surpreender Danilo Fernandes, mas não acertaram a meta. A torcida tricolor ainda não tinha amargado o gosto do gol sofrido, mas essas finalizações sem marcação já eram um desenho de qual seria a principal falha do Bahia ao longo da segunda etapa. Tanto que o gol cruzeirense saiu dessa forma.

Pouco antes de Stênio colocar a bola nas redes, o Bahia teve um momento de esperança e vantagem para cima do adversário, quando Eduardo Brock parou jogada individual de Copete e foi expulso, aos 19 do segundo tempo. O colombiano recebeu uma bola enfiada e adiantou para sair sozinho contra o goleiro Rafael Cabral. O zagueiro travou a passada do atacante e, como se configurava uma jogada clara de perigo para o tricolor, Brock recebeu o vermelho direto.

Dois minutos depois, logo após a cobrança da falta do Bahia gerada pela expulsão, o Cruzeiro iniciou rapidamente a jogada e, perto da área tricolor, trocou passes e Bruno Rodrigues acertou um belo chute da meia-lua. Danilo defendeu, mas a espalmada sobrou nos pés de Stênio, que empurrou sozinho para o gol. 1 a 0.

Do lado tricolor, o time não demonstrou tanta inspiração para criar jogadas envolventes, mas quando conseguiu espaço para transições ofensivas em velocidades, executou quase que perfeitamente, principalmente no primeiro tempo. “Quase” porque faltou o gol.

Em duas oportunidades, o time de Enderson Moreira atendeu ao que foi treinado durante a semana e em poucos toques conseguiu sair próximo à meta adversária. Na primeira delas, Daniel e Rezende tabelaram e Raí recebeu a bola enfiada pelo volante. O camisa 11 tocou de biquinho e parou em Rafael Cabral.

O goleiro, aliás, foi disparado o melhor jogador dentro de campo no Mineirão. Essa foi a primeira de uma sequência de belas defesas que o goleiro efetuou no jogo. Fez uma bela ponte para defender testada de Raí e no fim do jogo, com o Bahia totalmente em cima, operou um milagre em uma cabeçada de Luiz Otávio no último minuto de jogo. Quando ele não defendeu, a bola parou na trave. Como o belo chute de Rodallega no travessão. O camisa 9, aliás, segue sem engatar uma boa sequência de gols no Esquadrão.

FICHA TÉCNICA

Cruzeiro 1x0 Bahia - Série B do Brasileirão (20ª rodada)

Cruzeiro: Rafael Cabral; Geovane Jesus, Eduardo Brock e Zé Ivaldo; Pablo Siles (Wagner Leonardo), Neto Moura (Pedro Castro), Filipe Machado e Matheus Bidu; Bruno Rodrigues (Breno), Edu (Léo Pais) e Luvannor (Stênio). Técnico: Martin Varini (auxiliar; Paulo Pezzolano estava suspenso).

Bahia: Danilo Fernandes; André (Igor Torres), Gabriel Xavier, Luiz Otávio, Didi e Matheus Bahia (Jacaré); Rezende, Daniel e Mugni (Rodallega); Raí (Copete) e Matheus Davó (Gregory). Técnico: Enderson Moreira.

Estádio: Mineirão, Belo HorizonteGol: Stênio, aos 21 minutos do 2º tempoCartões amarelos: Lucas Mugni (Bahia); Luvannor, Neto Moura e Stênio (Cruzeiro)Cartão vermelho: Eduardo Brock (Cruzeiro)Público: 49.066 pagantesRenda: R$ 1.649.181,04Arbitragem: Luiz Flávio de Oliveira, assistido por Daniel Luis Marques e Evandro de Melo Lima (trio de São Paulo)VAR: Rafael Traci (SC)