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Da Redação
Publicado em 8 de novembro de 2022 às 17:00
O futuro está sendo construído hoje e é preciso que a Bahia decida se quer ser apenas um consumidor de tecnologia, ou se quer participar do processo de desenvolvimento delas. Foi para participar do processo que a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) a implantar o Senai Cimatec em Salvador há 20 anos. E para continuar antenado às tendências e desafios que estão por vir que o centro tecnológico, um dos mais importantes do país na atualidade, realiza nesta quarta-feira (dia 9) o Cimatec Talks +20, no auditório da instituição, na Avenida Orlando Gomes, a partir das 11 horas.>
“A indústria brasileira é muito diversificada, está situada entre as mais tecnológicas do mundo”, destacou Flavio Marinho, gerente de Empreendedorismo do Senai Cimatec, durante entrevista para o jornalista Donaldson Gomes, no programa Política & Economia, veiculado nesta terça-feira às 14 horas, no Instagram do CORREIO (@correio24horas). Segundo Marinho, o Cimatec nasceu com a proposta de ajudar o Senai, criado na década de 40, a atender os desafios dos novos tempos.>
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O espaço, que é hoje é referência nacional, foi a primeira unidade do Senai a atuar no ensino superior, lembra. “Eu ainda não estava aqui, mas sei que o Cimatec já nasceu com a proposta de oferecer mestrado, doutorado, de prestar serviços tecnológicos de todo o tipo e oferecer tudo o que as empresas precisam no dia a dia e que são crucias para a competitividade delas”, aponta. Segundo Marinho, o centro tecnológico tem aproveitado as pessoas que passam por lá para o desenvolvimento de uma série de tecnologias. >
Segundo Marinho, os caminhos do centro tecnológico no futuro estão voltados para um processo cada vez maior de internacionalização. “A gente está sempre pensando em como é que podemos contribuir mais com o mundo e o que se percebe é que tecnologia e inovação é um campo global. Hoje uma empresa cria uma nova tecnologia ou um dispositivo e instantaneamente quase isso já está acessível em qualquer lugar do mundo”, destaca. “Se nós somos consumidores de tecnologia global, por que é que não podemos ser ofertantes globais também? A gente precisa sonhar e trabalhar com as grandes empresas ao redor do mundo, contribuindo com esta evolução”, explica. >
“O que nós estamos buscando cada vez mais é nos tornarmos este player relevante e global. Já temos muitos parceiros no mundo, temos atendido empresas de outros países, colaborado com instituições e universidades de outras regiões”, explica. “Vamos celebrar estes 20 anos, lembrar dos acertos, aprender com os erros e sonhar cada vez mais além”, acredita.>
O Senai Cimatec é um dos mais avançados centros de tecnologia e inovação do Brasil, especializado em desenvolver pesquisas e soluções para a indústria. Atualmente, conta com um time de mais de 900 pessoas, que atuam em centros tecnológico, universitário e de educação profissional. Possui 44 áreas de competência, entre elas, Robótica e Automação, Energia e Sustentabilidade, Saúde, Alimentos, Software e Supercomputação. >
Fundado em 2002, desenvolve projetos de impacto nacional e internacional, como o primeiro robô submarino autônomo do mundo para inspeções de óleo e gás em águas profundas e a primeira vacina brasileira contra a Covid-19 com tecnologia replicon de RNA. >
Flavio Marinho destaca a relevância do centro tecnológico para a economia baiana. “Uma das críticas que nós mais ouvimos nos últimos 20 anos é que uma estrutura como a nossa não deveria estar na Bahia, deveria estar em São Paulo, na região Sudeste ou até na região Sul, por terem densidades econômicas maiores”, conta. “Acontece que a gente sempre fez foi o contrário disso, ‘por que não estar na Bahia?’. Além de poder oferecer mão de obra qualificada, ter acesso a profissionais extremamente criativos, que é uma característica da nossa população, o impacto local ajuda a reduzir as desigualdades”, acredita. >
Ele lembra que as pessoas que atuam no Cimatec desenvolvendo tecnologias também atuam em atendimentos, processos de formação profissional para a população que vive na Bahia. “Essa transbordamento de conhecimento contribui as empresas locais a terem acesso a soluções e estratégias e isso ajuda a desenvolver a região. É uma fronteira de trabalho a que nós temos nos dedicado muito intensivamente”, explica. >
Assim como acontece no cenário nacional, a indústria baiana se caracteriza por ser bastante heterogênea, destaca Marinho. “Nós temos empresas que ainda atuam de maneira mais rudimentar, porém temos também aquelas que já utilizam e participam do desenvolvimento daquilo que existe de mais moderno no mundo. Somos um país heterogêneo”, acredita. Para ele, o desafio de trazer o equilíbrio passa pela compreensão de que é necessário ajudar quem está mais atrasado, no lugar de atrapalhar quem está mais desenvolvido. “Nós precisamos puxar para cima quem está embaixo e não impedir a subida de quem está mais adiantado”.>
Programação do Cimatec Talks +20>
11h-11h40 O Metaverso em 2040 Ciça Sampaio - Reality Labs, Meta>
11h50 - 12h20 Construção do Futuro: Como a IA vai mudar a Engenharia e a Arquitetura Felipe Tavares - Professor do curso de Arquitetura da UFPB>
14h05 - 14h35 O 5G além da Conectividade Tiago Fontes - Diretor de Marketing Estratégico da Huawei>
14h45 - 15h15 A Revolução da Manufatura Aditiva Fernanda Grego - Engenheira de Aplicações da HP>
15h30 - 16h30 Painel: O papel das Startups no futuro da Inovação Álvaro Rodrigues - Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Suzano Ventures Carolina Morandini - Líder de Inovação Aberta e Ecossistema da Accenture Brasil Ivan Cavilha - Fundador e CEO da YoFace>
17h20 - 17h50 O Futuro do Alimento: O que vamos comer daqui a 20 anos Luismar Porto - Presidente da JBS Biotech Innovarion Center>
18h - 18h30 Como a Inteligência Artificial vai transformar o futuro Marcel Saraiva - Gerente de Vendas Empresariais no Brasil da NVIDIA>
19h20 - 19h50 Megatendências e a Indústria 5.0 Vijay Gosula - Sócio Sênior da McKinsey>