Bahia registra 26 mortes por H1N1; vacinação contra gripe vai até amanhã

Metade dos óbitos ocorreu na capital; há casos confirmados em 50 cidades

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  • Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2018 às 12:24

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arquivo CORREIO

A Bahia registra 26 mortes provocadas pela gripe H1N1. O número foi divulgado nesta quarta-feira (20) pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). Segundo a pasta, até o dia 16 de junho deste ano, foram notificados 1.297 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com 103 óbitos - três vezes mais que 2017. Dentre esses, 261 confirmados para influenza, sendo 199 pelo subtipo A H1N1, com 26 evoluindo para óbito.

No mesmo período do ano passado foram 353 casos e 33 óbitos de SRAG. Dentre eles, 25 foram confirmados para Influenza - sendo dois de H1N1  e sem registro de óbitos.

Foram confirmados casos de A H1N1 em 50 cidades baianas e os óbitos ocorreram em 14 deles. Salvador registra 13 óbitos. Os outros municípios foram Apuarema (1); Camaçari (1); Feira de Santana (1); Irará (1); Juazeiro (1); Lauro de Freitas (1); Monte Santo (1); Retirolândia (1); Saúde (1); Sapeaçu (1); Serrinha (1); Uruçuca (1) e Vitória da Conquista (1).

A faixa etária de maior ocorrência é de maiores de 60 anos e menores de 5 anos, sendo que 61,53% dos óbitos ocorreram nesses grupos.

A campanha de vacinação, prorrogada até esta quinta-feira (21), tem justamente esse público como prioritário , além de gestantes e puérperas (até 45 anos dias após o parto). Trabalhadores da saúde, professores, e povos indígenas também deve ser imunizados. Fazem parte do grupo de risco também portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional. 

A Secretaria Municipal de Saúde de Salvador informou que na capital todos os postos estão oferecendo a vacina. São 126 unidades, no total.

Geralmente, a gripe ou influenza sazonal começa com febre alta, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias.

Os sintomas respiratórios como a tosse e outros, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral de três a cinco dias após o desaparecimento da febre.

Inverrno e asma Oficialmente, o inverno começa nesta quinta (21) em todo o Hemisfério Sul. Nesta mesma data é celebrado o Dia Nacional do Controle da Asma. Especialistas recomendam a pessoas que possuem a doença evitar a inalação de fumaças provenientes das fogueiras e dos fogos de artifício.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 300 milhões de pessoas no mundo convivem com a asma. No Brasil, a doença atinge cerca de 20 milhões de pessoas e é responsável por cerca de três mil mortes por ano, sendo a quarta causa de internação hospitalar, afetando indivíduos de todas as idades. E no inverno, os casos de internação por doenças respiratórias aumentam de 35 a 50%.

Com as baixas temperaturas, aumenta a incidência das doenças respiratórias como asma, bronquite, além das doenças alérgicas. Para a pneumologista Margarida Neves, quando se trata da saúde, alguns cuidados devem ser reforçados nesta época do ano, principalmente àquelas pessoas que viajam para as cidades do interior para curtir os festejos juninos. "Sobretudo para quem já tem histórico de doenças respiratórias como asma ou alergias".

"Além de a baixa temperatura contribuem para o agravamento dessas patologias a fumaça das fogueiras e dos fogos de artifícios", ressalta Margarida Neves. A pneumologista orienta que as pessoas evitem a exposição direta à fumaça, além de levar os medicamentos de uso diário, a exemplo das "bombinhas" para quem tem asma.