Bahia tem maior taxa de desemprego do país no primeiro trimestre

Houve crescimento da taxa em 12 estados; Região Metropolitana de Salvador é pior do Brasil

  • D
  • Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2020 às 11:34

- Atualizado há um ano

. Crédito: Agência Brasil

A Bahia teve maior taxa de desocupação do país no primeiro trimestre, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (15) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com 18,7%, percentual acima da verificado no mesmo período do ano passado (18,3%).

A taxa de desocupação mede a proporção de pessoas de 14 anos ou mais de idade e estão desocupadas (não trabalham e estão procurando trabalho) em relação ao total de pessoas que estão na força de trabalho, seja trabalhando (pessoas ocupadas) ou procurando (desocupadas).

A desocupação teve aumento significativo em 12 das 27 unidades da federação considerando a passagem do último trimestre de 2019 para o priemrio deste ano. Nas demais unidades, o resultado é considerado estável. Em todo país, a taxa ficou em 12,2%, frente a 11% no quarto trimestre de 2019. No primeiro trimestre do ano passado, o percentual ficou em 12,7%.

No primeiro trimestre, as maiores taxas foram observadas na Bahia (18,7%), Amapá (17,2%), Alagoas (16,5%) e Roraima (16,5%). Os menores resultados ocorreram em Santa Catarina (5,7%), Mato Grosso do Sul (7,6%) e Paraná (7,9%).

Salvador e RMS Salvador teve taxa de desocupação de 17,5% nesse primeiro trimestre, acima dos 15,2% do último de 2019 e do mesmo período do ano passado (15,8%). COm isso, a cidade voltou a subir no ranking de desocupação entre as capitais do país, da 3ª do ano passado para 2ª esse ano. A líder é Manaus (AM), com 18,5%.

Na Região Metropolitana de Salvador, a taxa ficou em 18,9% no período, também em alta em relação ao último trimestre do ano passado (16,4%) e ao mesmo período em 2019 (18,7%). Assim, a RMS é a região metropolitana com a maior taxa de desocupação no país, depois de encerrar 2019 em segundo lugar.

A Bahia tem 5,7 milhões de pessoas trabalhando, a chamada população ocupada - queda de 1,9% em relação ao trimestre anterior. Agora, o estado tem o menor percentual de pessoas de 14 anos ou mais que estão trabalhando desde que começou a análise do IBGE, em 2012 - são 47,3%.

Já o número de pessoas consideradas desocupadas - que não estão trabalhando mas procuram emprego, aumentou e bateu recorde de 1,311 milhão no estado.

Por fim, o número de pessoas fora da força de trabalho - não estão trabalhando nem procurando - ficou em 5,031 milhões, uma leve queda em relação ao último trimestre. Os desalentados - que não procuram mais emprego - somaram 778 mil pessoas. A Bahia tem a maior população desalentada do país. 

Trabalho informal O Pará registrou a maior taxa de informalidade no primeiro trimestre de 2020, 61,4%. O segundo mercado de trabalho mais informal foi o do Maranhão, com 61,2%, segundo dados da Pnad Contínua.

A taxa de informalidade para a média do Brasil ficou em 39,9% no primeiro trimestre, o equivalente a 36,8 milhões de trabalhadores ocupados nessa condição.

O Estado com a menor taxa de informalidade foi Santa Catarina (26,6%), seguido pelo Distrito Federal (29,8%). No Estado de São Paulo, a taxa de informalidade média foi de 30,5% no primeiro trimestre do ano.