Bahia venceu só dois dos sete jogos que fez com o time titular

Após queda na Sul-Americana, tricolor vira a chave e foca no Nordestão

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 23 de fevereiro de 2019 às 15:53

- Atualizado há um ano

. Crédito: Felipe Oliveira/EC Bahia

As contratações para a temporada empolgaram, o esquema montado privilegiou o time principal, mas, em campo, o rendimento não tem sido o esperado. Nos sete jogos que fez até aqui em 2019, a equipe titular do Bahia deixou a desejar.

O empate sem gols contra o Liverpool, em Montevidéu, pela Copa Sul-Americana, que sentenciou a eliminação do tricolor de forma precoce da competição internacional, foi o quarto em sete jogos. Além deles, houve dois triunfos e uma derrota, justamente para o Liverpool, na Fonte Nova, no jogo de ida.

Envolvido em quatro competições nos primeiros dois meses do ano, o Bahia adotou a estratégia de rodar o elenco e priorizar alguns torneios. No Campeonato Baiano, por exemplo, o clube utilizou apenas uma vez a equipe principal, na goleada por 7x1 sobre a Juazeirense, na Fonte Nova, pela segunda rodada.

Além disso, em apenas duas oportunidades o time não teve uma semana de preparação entre dois jogos na temporada. Mesmo assim, o técnico Enderson Moreira explica que a equipe ainda precisa de tempo para que ele faça os ajustes necessários. 

“Temos boas competições pela frente, temos uma equipe que não está pronta ainda. Temos muito pouco tempo (desde o início da temporada). São ajustes finos que a gente precisa fazer. A ideia do Bahia jogando está boa, mas falta um detalhe que faz a diferença. Último passe, finalização, saber como o companheiro se comporta dentro de campo. Esse entrosamento, essa melhora, só acontece com o tempo”, argumentou. Em toda a temporada, o Esquadrão disputou 12 partidas - usando time principal, reserva e sub-23. O retrospecto é de quatro triunfos, duas derrotas e seis empates. 

Nas redes sociais, o presidente Guilherme Bellintani tratou de acalmar os ânimos e aliviar a pressão sobre o técnico Enderson Moreira. “A autocrítica é muito importante. Estamos cuidando disso. A eliminação tão precoce gera frustrações em um ano de expectativas, mas é o trabalho que vai nos fazer superar as dificuldades. Foi assim que fizemos um bom 2018 e com esse propósito seguiremos em 2019”, escreveu. “Somos um grupo. Não foi Enderson que teve 90 minutos. Fomos nós todos. Atletas, comissão técnica, presidente. Quando perdemos, perdemos juntos”, continuou o presidente tricolor.

Chave virada Por falar em tempo, Enderson não terá muito para fazer as correções necessárias. Ainda assimilando a eliminação na Sul-Americana, o Bahia entra em campo domingo (24), contra o Fortaleza, às 19h, no Castelão, pela Copa do Nordeste. Por causa da distância e do pouco tempo, a delegação não passará em Salvador antes de seguir para o Ceará. 

Neste sábado (23), o Bahia fez o último treino antes da partida, no CT do Palmeiras, em São Paulo. A ideia do Esquadrão é ter força máxima no confronto. O atacante Gilberto, que reclamou de dor no joelho e saiu durante a partida contra o Liverpool, não preocupa.  

Ainda no ataque, não será dessa vez que o recém-contratado Arthur Caíke vai estrear. Ele está regularizado, mas ficou treinando em Salvador. O Bahia é o sexto colocado do grupo B do Nordestão, com cinco pontos, porém um jogo a menos. É a mesma pontuação do lanterna ABC e está a três pontos do líder Ceará. O Fortaleza é o terceiro colocado no grupo A, com quatro pontos.