Bahia vive rotina de tropeços em jogos cruciais como mandante

Tricolor não conseguiu vencer em sequência de partidas em casa e se complicou na Série A

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 9 de fevereiro de 2021 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Jogar em casa sempre foi sinônimo de alegria para o Bahia. Historicamente, é na Fonte Nova que o Esquadrão mostra a sua força diante dos adversários. Mas, nos últimos anos, decidir dentro dos seus domínios tem causado dor de cabeça para os tricolores.

Na luta contra o rebaixamento, o Bahia tinha nos jogos em casa a chance de somar pontos e ficar em situação um pouco mais confortável para escapar da degola. No entanto, dos seis pontos possíveis contra Fluminense e Goiás, o Esquadrão somou apenas um - derrota para os cariocas e empate com o alviverde - e se complicou.

O fracasso na hora de decidir em casa não tem sido novidade para o clube nos anos recentes. De 2017 para cá, o Bahia tem falhado em jogos cruciais que poderiam proporcionar ao time um salto na busca pelo objetivo do momento.

Em 2017, por exemplo, o Bahia deu uma arrancada na reta final do Brasileirão e, sob o comando de Paulo César Carpegiani, vislumbrou uma vaga na fase preliminar da Libertadores. No confronto direto com a Chapecoense, na penúltima rodada, foi derrotado por 1x0 na Fonte Nova, com direito a pênalti perdido por Edigar Junio, e praticamente saiu da briga. A Chape viria a confirmar a classificação ao terminar a Série A em oitavo lugar. Em 2017, Bahia tropeçou na Chapecoense e praticamente saiu da disputa por vaga na fase pré-Libertadores (Foto: Marcelo Malaquias/EC Bahia) No ano seguinte, o Bahia voltou a falhar em casa ao perder o título da Copa do Nordeste para o Sampaio Corrêa. Na ocasião, não conseguiu reverter a vantagem do time maranhense, que venceu o jogo de ida por 1x0 em São Luís. Ficou no 0x0 na Fonte Nova e amargou o vice.

Em 2019, mais uma vez o salto esperado era por uma vaga na Copa Libertadores. Depois de um ótimo primeiro turno, o Bahia empolgou e sentiu que era possível voltar a disputar a principal competição do continente. Com a Fonte Nova lotada, o tricolor decepcionou e perdeu o título da Copa do Nordeste de 2018 (Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia) O triunfo sobre o Avaí, por 2x0, fora de casa, no segundo turno, colocou o time no G6. Com dois jogos em sequência na Fonte Nova, o tricolor viu clara a chance de consolidação na zona de classificação, mas acabou fracassando ao perder para o Athletico-PR e empatar com o São Paulo, então concorrente direto. Depois disso, ainda emplacou sequência negativa e terminou o Brasileirão distante do objetivo, na 11ª posição.

Além da sequência ruim contra Fluminense e Goiás em momento importante da Série A, na temporada 2020 o Bahia acumula outros insucessos jogando em casa. No retorno do futebol pós pandemia, o vice do Nordestão se deu após duas derrotas para o Ceará em Pituaçu – na época casa do tricolor, já que a Fonte Nova estava servindo de hospital de campanha para tratar vítimas da covid-19. O técnico na época ainda era Roger Machado. Em 2019 o Bahia tinha a chance de se consolidar no G6, mas foi derrotado pelo Athletico-PR, na Fonte Nova (Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia) De volta ao presente Diante dos tropeços na última sequência de dois jogos em casa, o elenco agora precisa “recuperar” longe de Salvador os pontos perdidos. Das três partidas restantes para definir a permanência na Série A, duas são fora de casa, contra Atlético-MG e Fortaleza, no próximo sábado e no seguinte. Na última rodada, recebe o Santos no dia 25.

Conquistar pontos fora de casa promete ser uma missão complicada, já que o Bahia é atualmente o pior visitante da primeira divisão. Venceu apenas dois dos 17 jogos, além de ter empatado cinco e perdido dez – assim como o Fortaleza.

Em 16º lugar com 37 pontos, o time corre o risco ainda de terminar esta 35ª rodada dentro da zona de rebaixamento. Para isso não acontecer, precisa que o Vasco perca do Fortaleza, amanhã, no Castelão. O time carioca também soma 37, mas o tricolor leva vantagem no número de vitórias.