Bairros de Salvador receberão nova técnica para eliminar Aedes aegypti e muriçocas

Nesta quarta (27) a inseticida será aplicada no Bairro da Paz

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  • Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2020 às 17:34

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

É comum encontrar reclamações recorrentes de quem sofre com picadas de mosquitos em Salvador. Além de possíveis carocinhos indesejados na pele, o animal também pode ser perigoso, como é o caso do Aedes aegypti, que transmite dengue, zica e chikungunya.

Para combater as muriçocas e o mosquito da dengue, a Prefeitura, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), iniciou nesta quarta-feira (27) mais uma estratégia no enfrentamento aos culicídeos (Aedes aegypti e muriçoca) na capital.

Diversas localidades da cidade passarão por um processo de termonebulização, que nada mais é que a aplicação de inseticida por meio de um equipamento que gera uma neblina densa e que se espalha pelo ar. 

No processo, é utilizada uma mistura de inseticida e óleo mineral, que além de eliminar os mosquitos presentes no local na hora da aplicação, segue agindo, uma vez que as gotículas do produto permanecem flutuando no ar.

No primeiro dia de ação, os agentes começarão a atuar a partir das 19h30 e serão contempladas ruas do Bairro da Paz.

“O intuito dessa ação é diminuir a infestação de muriçocas que, apesar de não transmitir zoonoses, acabam importunando os moradores e interferindo na qualidade do sono e no desempenho de suas atividades produtivas, eliminando de forma rápida um grande quantitativo de mosquitos em fase adulta. Com a estratégia, também conseguimos complementar as ações das arboviroses, eliminando também o Aedes aegypti. Assim, minimizamos a circulação da dengue, zika e chikungunya nos locais”, destacou Andrea Salvador, coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses.

Somente em 2020, segundo a SMS, foram notificados 4.332 casos de dengue, 2.914 de chikungunya e 449 ocorrências de zika no município. O aumento é considerável. No mesmo período, no ano passado, eram apenas 1.791 casos de dengue, 318 de chikungunya e 84 de zica.

Segundo a SMS, o enfrentamento a essas doenças é fundamental também na luta contra o coronavírus, já que alivia a ocupação das unidades hospitalares.