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Bolsonaro ataca ex-presidente do Chile e o pai dela, opositor de Pinochet

Presidente chamou de ato "de coragem" golpe dado por Pinochet em 1973

  • D
  • Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2019 às 12:04

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro atacou em post no Facebook nesta quarta-feira (4) a alta comissária de Direitos Humanos da ONU, a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet. Mais cedo, ela criticou políticas do governo brasileiro falando em Genebra, na sede das Nações Unidas. Ele acusou a chilena de seguir a linha do francês Emmanuel Macron e "se intrometer nos assuntos internos e na soberania brasileira">

"Michelle Bachelet, Comissária dos Direitos Humanos da ONU, seguindo a linha do Macron em se intrometer nos assuntos internos e na soberania brasileira, investe contra o Brasil na agenda de direitos humanos (de bandidos), atacando nossos valorosos policiais civis e militares", escreveu Bolsonaro, usando uma foto em que Bachelet aparece com as ex-presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner.

Ele ainda partiu para o ataque contra o pai de Bachelet, o general de brigada da Força Aérea chilena Alberto Bachelet Martínez, que em 1973 foi contra o golpe que derrubou o presidente Salvador Allende. O general foi preso e torturado pelo ditador Augusto Pinochet e morreu de infarto na prisão, em Santiago, em 1974. Dois ex-militares foram condenados pela morte dele em 2014.

"(Bachelet) Diz ainda que o Brasil perde espaço democrático, mas se esquece que seu país só não é uma Cuba graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973, entre esses comunistas o seu pai brigadeiro à época", continuou Bolsonaro. 

Bachelet falou em Genebra durante uma coletiva e foi perguntada sobre a situação dos direitos humanos no Brasil. Ela afirmou que há um "encolhimento do espaço cívico e democrático" no país, o que fica claro nos ataque contra defensores de direitos humanos, instituições de educação e outras atividades organizadas da sociedade civil. Ela também criticou a postura celebratória do atual governo em relação ao golpe de 1964, afirmando que se trata de "negação dos crimes do Estado". 

Ela também falou dos incêndios na Amazônia e destacou que ambientalistas e povos indígenas são vítimas de violência. Ela citou que pelo menos oito defensores dos direitos humanos foram mortos no Brasil de janeiro a junho, a maioria ligado a disputas de terra. Para Bachelet, o "espaço democrático está perdendo espaço" no Brasil.

Além do post, Bolsonaro também falou mal da ex-presidente chilena ao falar com jornalistas hoje. A" única coisa que eu tenho em comum com ela é minha esposa que tem o mesmo nome. Fora isso, meus pesâmes a Michelle Bachelet. Elas perderam a briga na agenda ambiental. Igual ao Macron que quis nossa soberania aqui. Ela, agora, vai na agenda de direitos humanos. Está acusando que eu não estou punindo policiais e que estão matando muita gente no Brasil. Essa é a acusação dela. Ela está defendendo direitos humanos de vagabundos", criticou.