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Para que manobra política seja viável, também seria necessário que o vice-presidente Hamilton Mourão também saísse em viagem internacional
Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2021 às 17:16
- Atualizado há um ano
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está sendo aconselhado por interlocutores a viajar para fora do país, deixando nas mãos do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), a missão de sancionar o Orçamento de 2021.
As informações são do Estadão. A proposta foi feita a Bolsonaro em reunião do presidente realizada neste fim de semana. O Orçamento está parado por conta de impasses em relação às despesas obrigatórias, que foram subestimadas para acomodar o aumento de emendas parlamentares.
A manobra, tida como "maquiagem" por especialistas de dentro e fora do governo, preocupa o ministro da Economia, Paulo Guedes, já que pode acabar resultando em cometimento de crime de responsabilidade, o que viabilizaria um possível impeachment seguido de inelegibilidade do presidente, em caso de reprovação das contas públicas.
Lira afirmou a interlocutores não ter sido informado sobre nenhuma eventual viagem de Bolsonaro, e também ressaltou que isso poderia ficar caracterizado como "falta de coragem" do presidente. Para uma possível posse de Lira como presidente da República, seria necessário que o vice-presidente Hamilton Mourão também deixasse o país.