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Bolsonaro e Flávio visitaram miliciano Adriano Nóbrega na prisão

Ex-capitão do Bope foi morto pela polícia na Bahia em 2020

  • D
  • Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2022 às 09:29

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL), visiaram pelo menos duas vezes o ex-capitão do Bope Adriano Nóbrega, entre 2004 e 2005. Nóbrega foi apontado pelo Ministério Público como líder de um grupo de matadores de aluguel no Rio de Janeiro. Ele foi morto pela polícia na Bahia em 2020.

As visitas dos Bolsonaro a Nóbrega foram reveladas em podcasts do Uol publicados nesta sexta-feira (23). 

Ao longo dos anos, Flávio Bolsonaro e o irmão, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) pediram homenagens a pelo menos policiais que foram denunciados pelo MP como membros de organizações criminosas no Rio. 

As asssessorias do presidente e de Flávio divulgaram nota dizendo que "na época das homenagens era impossível prever que alguns desses policiais pudessem desonrar a farda". Uma das visitas, diz a nota, foi para "resolver uma crise". 

A primeira visita foi durante um suposto motim de policiais que estavam presos no Batalhão Especial Prisional, em outubro de 2004. 

A segunda foi na entrega da metalha Tiradentes, a maior comenda do Rio, que Flávio Bolsonaro pediu na Assembleia Legislativa do Rio para homenagear Nóbrega. Ele mesmo entregou a condecoração a Nóbrega dentro da prisão. Jair Bolsonaro compareceu à cerimônia.

A rebelião na prisão aconteceu em reclamação à criação do BEP, onde também estavam presos por outros crimes que não eram policiais. Antes, os policiais ficavam no Batalhão de Choque ou nas suas próprias unidades quando eram presos. Isso permitia que conseguissem manter alguns privilégios mesmo presos, segundo a coluna de Juliana Del Piva.

Na época, Nóbrega estava preso esperando para ser julgado pela morte do guardador de carros Leandro dos Santos Silva, em 2003. Silva foi morto dias depois de denunciar um caso de tortura e extorsão que, disse, foi comandado por Nóbrega. Nóbrega e um grupo de policiais foram presos em flagrante pelo crime. 

"Quando eu cheguei no presídio, já estavam lá, o deputado Flávio Bolsonaro e o deputado Jair Bolsonaro. Eu conversei com os dois, mais com o Flávio do que com o Jair, o Flávio era deputado estadual e nós tínhamos uma relação grande porque o Flávio acompanhava os inquéritos", contou à jornalista o sociólogo Paulo Baia, que esteve no BEP. "O principal interlocutor do Flávio Bolsonaro era o Adriano. E aí eu procurei saber quem é esse rapaz aí que fala com o Flávio?", acrescenta, em referência a Jair Bolsonaro. 

O sociólogo acredita que o episódio foi armado. "Eu quero frisar que esta rebelião é uma falsa rebelião, é um circo armado para projetar Flávio Bolsonaro".

Leia a nota completa dos Bolsonaro:"A pauta da segurança pública é e sempre foi uma bandeira importante para a família Bolsonaro. Ao longo de anos na política, sempre fizemos homenagem a policiais que se destacaram pelos serviços prestados à população. À época das homenagens, era impossível prever que alguns desses policiais pudessem desonrar a farda.

Sobre o trabalho feito junto à Unidade Prisional da Polícia Militar, as ações foram públicas e amplamente divulgadas. Como a própria reportagem mostra, trabalhamos para resolver um conflito e evitar que a situação se desdobrasse em algo mais grave. Trabalhar para resolver uma crise e evitar prejuízos ao Estado não configura irregularidade, pelo contrário".