Bolsonaro elogia ação policial que matou 25 pessoas no Rio

Segunda operação mais letal da história do Rio de Janeiro

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  • Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2022 às 12:02

- Atualizado há um ano

. Crédito: Alan Santos/Presidência da República

O presidente Jair Bolsonaro (PL) parabenizou a operação policial que matou pelo menos 25 pessoas na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, ontem. Uma das vítimas, Gabrielle Ferreira da Cunha, 41 anos, morava em uma comunidade vizinha e foi baleada dentro de casa.

"Parabéns aos guerreiros do Bope e da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que neutralizaram pelo menos 20 marginais ligados ao narcotráfico em confronto, após serem atacados a tiros durante operação contra líderes de facção criminosa", escreveu Bolsonaro em uma rede social. 

O presidente escreveu que a operação era planejada há meses. A ação foi conduzida pelo Bope, em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Foi a segunda operação policial mais letal da história do Rio, atrás da ação no Jacarezinho, em maio do ano passado, que matou 28 pessoas.

A polícia diz que a ação foi montada para impedir que criminosos do Comando Vermelho (CV) fossem da Vila Cruzeiro para a Rocinha. A Polícia Militar do Rio afirma que houve um aumento de lideranças criminosas de outros estados nas comunidades cariocas depois de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) limitando as operações em comunidades durante a pandemia da covid-19.

O presidente disse que a ideia da PM era prender os "chefões do tráfico" fora da comunidade, mas isso  "não foi possível devido ao ataque da facção, fazendo-se necessário o uso da força para conter as ações".

"Para se ter ideia do grau de violência dos bandidos, parte dos alvos da operação foram responsáveis pelo assassinato de 13 agentes de segurança pública somente em 2022", acrescentou Bolsonaro.

Bolsonaro ainda criticou especialistas de segurança pública que questionam ações como a de ontem. Para o presidente, as informações sobre quem eram os mortos são omitidas para "demonizar" as forças policiais.