Bolsonaro fala de Alvim e diz que repudia ideologias totalitárias

Presidente chegou a dizer que manteria secretário, mas recuou com pressão

  • D
  • Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2020 às 13:55

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

(Foto: Divulgação) O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta sexta-feira (17) a demissão de Roberto Alvim, secretário especial de Cultura. Ele comentou o fato de Alvim ter feito um discurso em que usou frases de Joeph Goebbels, ministro da Alemanha nazista, dizendo repudiar ideologias totalitárias.

Em nota oficial, Bolsonaro chamou de "infeliz" o fato de Alvim ter parafraseado o ministro da Propaganda de Adolf Hitler. Disse que mesmo que Alvim tenha se desculpado, o episódio "tornou insustentável a sua permanência".

“Reitero nosso repúdio às ideologias totalitárias e genocidas, como o nazismo e o comunismo, bem como qualquer tipo de ilação às mesmas”, afirmou. “Manifestamos também nosso total e irrestrito apoio à comunidade judaica, da qual somos amigos e compartilhamos valores em comum”, diz.

Com a repercussão negativa do caso, Bolsonaro e Alvim conversaram de manhã. O presidente chegou a dizer ao secretário especial que ele ficaria no posto, mas com a crescente pressão de vários setores acabou recuando.

Deputados e senadores cobraram a exoneração de Alvim ao longo da manhã. Líderes da comunidade judaica também pediram que o presidente demitisse o secretário.

A exoneração de Alvim vai ser publicada ainda hoje em edição extra do Diário Oficial da União. Bolsonaro já busca substituto. O atual secretário de Audiovisual, André Sturm,  é um dos favoritos, segundo a Folha de S. Paulo.