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Bolsonaro disse que investigação é "uma jogadinha"
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2019 às 13:39
- Atualizado há um ano
Ainda em Dallas, Jair Bolsonaro (PSL) falou nesta quinta-feira (16) sobre a quebra de sigilo bancário e fiscal na investigação que apura as movimentações financeiras do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente. Bolsonaro disse que “fizeram aquilo” (a quebra de sigilo) para “me prejudicar”. Segundo ele, a investigação é "uma jogadinha".
“Querem me atingir? Venham pra cima de mim. Eu abro o meu sigilo, não vão me pegar”, disse Bolsonaro. Isso é uma jogadinha. Quebraram o sigilo bancário dele desde o ano passado e agora para dar um verniz de legalidade, quebraram oficialmente o sigilo dele e mais 93 pessoas?”, disse, segundo a Veja.
Decisão do Tribunal de Justiça do Rio que determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal dele, de seu ex-assessor Fabrício Queiroz e mais de 90 pessoas. "Houve a quebra de sigilo por um prazo de 12 anos e, para fundamentar isso, ele (o juiz) usou um parágrafo", afirmou Flávio em entrevista ao SBT.
[[saiba_mais]] Flávio voltou a dizer que está sendo vítima de ilegalidades na investigação do Ministério Público do Rio sobre movimentações financeiras atípicas na conta de Queiroz. "Nunca falei que sou contra a investigação, que estou tentando impedir alguma coisa, nada disso. O que eu sempre relutei, e me causa revolta até, é a forma com que as coisas estão acontecendo. Estou sendo vítima, uma vez atrás de outra vez, de ilegalidades, não sou tratado como brasileiro normal". Questionado sobre a valorização de quase 400% de seu patrimônio declarado à Justiça Eleitoral, conforme noticiado pela imprensa, o senador sugeriu que os números refletem uma dinâmica comum de negociação de bens e apontou que a própria imprensa o ajuda a esclarecer os fatos. "Entrevistaram algumas pessoas com as quais eu negociei imóveis, e elas falaram 'eu quis comprar, ele quis vender, ele teve uma oportunidade e nós fizemos negócio'". O filho do presidente Jair Bolsonaro negou ainda que tenha vínculos com milicianos ao ser perguntado sobre sua relação com o ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega, que é acusado de chefiar uma milícia no Rio. Flávio afirmou que não pode controlar o que funcionários de seu gabinete fazem "da porta para fora". "Sou totalmente contra a milícia, nunca apoiei milícia na minha vida, sempre apoiei policiais", declarou.