'Brasil deu o maior cheque em branco da sua história', diz ACM Neto sobre Bolsonaro

Democrata ressaltou que, durante a campanha, não houve preocupação em aprofundar as propostas

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  • Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2018 às 08:48

- Atualizado há um ano

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Prefeito de Salvador e  presidente nacional do Democratas (DEM), o prefeito ACM Neto afirmou nesta sexta-feira (09) que o Brasil deu o 'maior cheque em branco da sua história' ao eleger como presidente da República o capitão reformado do Exército, Jair Bolsonaro (PSL). 

"O Brasil deu o maior cheque em branco da sua história para alguém nessa eleição de 2018. NUnca um presidente teve um cheque em branco tão grande quanto Bolsonaro tem", afirmou o prefeito segundo informações publicadas neste sábado (10) pelo jornal Folha de S. Paulo.  Presidente do Democratas falou sobre a situação do governo Bolsonaro  A declaração foi dada pelo prefeito de Salvador durante sua participação no Brazilian-American Chamber Of Commerce, evento que reúne autoridades nos Estados Unidos. O democrata ressaltou que durante a campanha presidencial deste ano não houve preocupação em aprofundar as propostas.  "Ninguém estava nem aí para discutir educação, saúde, infraestutura. Nada", destacou o democrata .

Neto ainda ressaltou que não há ainda nenhuma definição da participação do partido no governo.  "Nossa participação no governo não está vinculada a cargos, está vinculada exclusivamente à agenda que o governo terá para o país. Mas a decisão não foi tomada ainda", afirmou Neto. 

Dois representantes do partido - Onyx Lorenzoni e Tereza Cristina - já foram nomeados como futuros ministros da Casa Civil e Agricultura, respectivamente. "Não são indicações do Democratas. São quadros qualificadíssimos que nos orgulham", argumenta o prefeito. 

O prefeito de Salvador defendeu ainda que se vote qualquer parte da reforma da Previdência neste ano, mesmo que, em 2019, sejam feitas mudanças maiores. Criticou, porém, declarações de Guedes, sem citar o futuro ministro, sobre dar uma "prensa" no Congresso para aprovar a Previdência.

"Na prática, não funciona assim. É bom que haja uma crescente pressão popular, mas essa pressão popular bate, faz efeito, mas nem sempre ela decide o posicionamento do parlamentar. Então tem que ter política, tem que ter conversa, tem que ter construção", argumentou. 

Para ACM Neto, Bolsonaro tem a oportunidade de mostrar que consegue estruturar políticas sociais mais modernas que a dos governos petistas e conquistar os eleitores do Nordeste, "pegando os mais pobres e tirando da pobreza, não deixando-os sempre reféns da pobreza, como talvez tenha sido a lógica do PT". 

Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito novo presidente do Brasil no dia 28 de outubro. Depois de sair na frente no primeiro turno, Bolsonaro confirmou seu amplo favoritismo e derrotou em segundo turno Fernando Haddad (PT). 

O candidato do PSL liderou todas as pesquisas desde que o ex-presidente Lula, também do PT, teve a candidatura barrada pela Justiça Eleitoral. Bolsonaro sofreu uma tentativa de morte no meio da campanha, durante uma caminhada por Juiz de Fora, em Minas Gerais. Depois disso, passou três semanas internado no hospital Albert Einstein. Após o atentado, Bolsonaro não participou mais de debates.