Brasil não terá vacinação em massa em 2021, diz OMS

Organização vem orientando que haja priorização de grupos para a imunização

Publicado em 13 de outubro de 2020 às 22:39

- Atualizado há um ano

. Crédito: Agência Brasil

A vice-diretora-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Mariângela Simão, disse nesta quarta-feira (13) que é possível "ter certeza" de que o Brasil não terá uma vacinação em massa contra o novo coronavírus já em 2021.

"Não vai ter vacina suficiente no ano que vem para vacinar toda a população, então o que a OMS está orientando é que haja uma priorização de vacinar profissionais de saúde e pessoas acima de 65 anos ou que tenham alguma doença associada", afirmou em entrevista à CNN Brasil.

Mariângela ainda disse que "é razoável" imaginar que até o final de 2021, "com tudo correndo bem", existam "duas ou três vacinas aprovadas" contra a covid-19.

"Eu diria que 2022 é um ano que vamos ter mais vacinas porque a gente está com tanta vacina em desenvolvimento... É provável que a gente tenha ainda outras vacinas que cheguem no ano que vem provando serem seguras e eficazes", pontuou.

"O importante agora não é imunizar todo mundo num país, o que é impossível: é imunizar aqueles que precisam em todos os países", concluiu.

Johnson & Johnson Nesta segunda (12), a americana Johnson & Johnson suspendeu temporariamente os ensaios clínicos de sua vacina contra o novo coronavírus "devido a uma doença inexplicada em um participante do estudo", disse a empresa.

A fase 3 da vacina da Johnson & Johnson começou a recrutar voluntários no fim de setembro principalmente nos Estados Unidos, mas também na Argentina, no Chile, na Colômbia, no México, no Peru, na África do Sul e também no Brasil.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) confirmou nesta quarta que foi comunicada pela Johnson & Johnson sobre a paralisação dos testes e disse que o estudo "continuará interrompido" no Brasil até que o efeito adverso no voluntário seja explicado.