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Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2020 às 06:44
- Atualizado há 2 anos
O Brasil recebeu ao menos 5,3 mil voos, no ano passado, dos países incluídos hoje na lista de alerta do Ministério da Saúde por risco de coronavírus. O número de passageiros que vieram da Itália, França Alemanha e Emirados Árabes soma 1,3 milhão de pessoas, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).>
Além destes, outros quatro países - Austrália, Filipinas, Malásia, Irã - entraram no rol de origens monitoradas, mas não há voos diretos ao Brasil, segundo os registros da Anac.>
Com esta medida, serão considerados suspeitos da doença pessoas que estiveram nestes locais nos últimos 14 dias (tempo de incubação do vírus) e que apresentam sintomas da doença, como febre e tosse. O novo enquadramento é resultado da confirmação da transmissão do vírus dentro desses países.>
Da lista de países sob alerta, a França foi a origem da maior parte dos passageiros (490,9 mil), seguido pela Alemanha (356,4 mil), Itália (354,6 mil) e Emirados Árabes (193 mil).>
Antes da nova definição, pessoas com sintomas de gripe vindas destes países não recebiam atenção especial da vigilância sanitária brasileira, pois a suspeita de novo coronavírus era descartada na hora. Agora, haverá um protocolo específico em que, caso o passageiro tenha febre associada a algum outro sintoma, será enquadrado automaticamente como caso suspeito. Uma análise clínica poderá ser feita no desembarque pela autoridade sanitária e, caso a suspeita se mantiver, o passageiro deverá ser levado a um hospital.>
Na Europa, a maior preocupação é com a Itália, que já registrou mais de 200 casos e sete mortes. O surto se concentra principalmente no norte do país, onde ao menos 11 cidades foram colocadas sob quarentena.>
Segundo a Anac, em média, o Brasil recebe quatro voos diários vindos de cidades italianas. São três saindo de Roma e um de Milão. Da França são cinco, da Alemanha, três, e do Emirados Árabes, dois.>
Em conversa exclusiva com o Estadão/Broadcast nesta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou não haver qualquer restrição de viagens para estes destinos.>
Há recomendação do governo para que não sejam feitas viagens apenas para a China, onde mais de 2,5 mil pessoas morreram nos últimos dias após serem contaminadas.>