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Da Redação
Publicado em 22 de abril de 2019 às 05:00
- Atualizado há 2 anos
Desde que saiu de Almadina, município a 450km de Salvador, José Nilton da Silva Campos ostenta o apelido de Bebeto. O motivo era uma suposta semelhança física com o atacante campeão do mundo ao lado de Romário na Copa do Mundo de 1994.>
Naquela época ele podia não imaginar, mas alguns anos à frente os dois Bebetos jogariam juntos pelo Vitória. O ano era 1997 e Bebeto foi contratado pelo rubro-negro. >
Na mesma época chegaram Petkovic e Túlio Maravilha. A vinda de Bebeto também significou uma nova mudança para o volante tricampeão baiano e para não confundir os dois xarás, Bebetinho passou a ser Bebeto Campos.>
Ele será uma das atrações do Baba das Antigas, amistoso que será realizado pelo CORREIO na Arena Fonte Nova nesta terça-feira (23), reunindo ex-craques de Bahia e Vitória. O ingresso será a edição impressa do jornal de terça. Os assinantes terão acesso à Fonte Nova com o Clube Correio (impresso ou digital). A entrada é gratuita para crianças até 6 anos. Os portões serão abertos a partir das 17h, com entrada pelo Acesso Sul (Dique do Tororó). A bola rola às 19h.>
A vida de Bebeto no futebol começou nas divisões de base do Bahia. Ele ficou no tricolor dos 13 aos 17 anos, mas se profissionalizou pelo Vitória, onde foi tricampeão baiano e ainda faturou um Nordestão.>
Depois, teve uma passagem rápida pelo Fluminense antes de voltar para a Bahia: dessa vez para o lado azul, vermelho e branco do estado. Pelo tricolor, mais quatro títulos: dois estaduais e o bi regional ao lado de Nonato e Preto Casagrande. “Fico orgulhoso em saber que sou querido nas duas torcidas”, comemora Bebetinho. >
Depois do Bahia, jogou pelo Sport antes de encerrar a carreira de forma precoce no Paysandu, com apenas 30 anos, após apresentar uma miocardiopatia e dilatação de um dos vasos do coração durante exames feitos. >
Naquela época, os clubes estavam com o sinal amarelo ligado para problemas cardíacos por conta da recente memória da tragédia que matou o zagueiro Serginho, do São Caetano, vítima de uma parada cardíaca dentro do campo do Morumbi enquanto disputava um jogo contra o São Paulo.>
Hoje ele encara a aposentadoria com naturalidade, mas confessa que os três primeiros anos foram muito difíceis de atravessar. De uma hora pra outra teve que deixar de lado aquela rotina que gostava tanto. O campo, a torcida, os desafios, a entrevistas... a bola. Não foi fácil ter que abrir mão da velha companheira.>
Reencontro Bebeto Campos não conseguiria parar de jogar bola para sempre. Passado o susto da descoberta da doença que culminou em sua aposentadoria, o ex-volante deixou o Pará e retornou para a Bahia, onde mora hoje. Por aqui, mantém uma regularidade pegando alguns babas com outros ex-atletas. “Eu não consigo viver sem jogar futebol. Vai ser legal entrar em campo com toda essa galera que fez história”, disse ele, referindo-se ao Baba das Antigas. >
O baba integra as comemorações dos 40 anos do jornal, que ao longo de 2019 apresentará mais novidades. O evento tem apoio da Associação de Garantia ao Atleta Profissional da Bahia (Agap-BA), Esporte Clube Bahia, Esporte Clube Vitória, Federação Bahiana de Futebol (FBF) e Itaipava Arena Fonte Nova. O projeto Correio 40 anos tem oferecimento do Bradesco, patrocínio do Hapvida e Sotero Ambiental e apoio de Vinci Airports, SENAI, Salvador Shopping, Unijorge, Claro, Itaipava Arena Fonte Nova, Sebrae e Santa Casa da Bahia.>
*Com supervisão do editor Miro Palma>