Carreira de coach vem ganhando mais espaço no mercado

Conheça mais sobre um campo que é aberto a todas as graduações e como fazer para ingressar na profissão

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  • Maryanna Nascimento

Publicado em 7 de agosto de 2017 às 05:01

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Evandro Veiga/ CORREIO

O cliente chega na sala e há duas poltronas. Ele se senta em uma delas e na outra há alguém que o faz alguns questionamentos. De longe, o cenário pode parecer uma consulta de terapia, mas,  na verdade,  é uma sessão de coach. O nome, que em tradução literal significa ‘treinador’, não se distancia muito disso. O profissional é responsável por facilitar o aprendizado e o desenvolvimento daqueles que o procuram para melhorar o desempenho em áreas que vão do emocional ao profissional. Carlisson Castro fez processo de coaching executivo com Moisés Ribeiro para melhorar sua liderança (Foto: Evandro Veiga/ CORREIO) Mas, afinal, quem precisa de um coach? Segundo Moisés Ribeiro, sócio da Brascoaching, que atua há 11 anos na área, essa é a saída ideal para quem quer pensar no futuro. “O coaching permite ver o que vem pela frente, ajudando a ter clareza. O profissional não ensina nada a ninguém, mas dá luz às suas ideias e te possibilita ver o que pode ser feito”, explica. Se os problemas estão no passado, ele é enfático: essa expertise não é do coach.

O engenheiro químico Carlisson Castro, coordenador de produção de uma empresa nacional de cosméticos, sabia o que esperava encontrar nas sessões de coaching quando procurou o serviço. “No meu cargo é necessário ter alta performance e eu percebi que precisava melhorar a minha liderança”, explica. A cada 15 dias, durante cinco meses, eles fez sessões de 1 hora. O resultado foi imediato. “Tive reconhecimento da equipe, dos meus líderes e também reconheci mudanças naqueles que eram liderados por mim”, comemora.

Se alguns investem no coaching para melhorar o desempenho, outros vão em busca de uma carreira. No caso de Uliana Ferreira, a oportunidade foi atrás dela. “Eu estava no meu quiosque de livros infantis e me apresentaram a formação. Quando conheci, senti que eu havia me encontrado”, relembra. Quatro anos depois, ela atua tanto com atendimentos como com formação de turmas e o seu último faturamento anual teve seis dígitos. Mas Uliana chama atenção: “Não adianta querer apenas por ganhar bem, antes de tudo é preciso gostar do ser humano e estar interessado no seu desenvolvimento”, aconselha ela. 

COMO SER COACH E SE DESTACAR NO MERCADO DE TRABALHO

Professor, engenheiro, jornalista. Não importa a graduação - ou a falta dela -, o único pré-requisito para seguir a carreira é ter uma formação em coaching oferecida por uma instituição competente. Segundo José Roberto Marques, master coach e presidente do Instituto Brasileiro de Coaching (IBC), “durante o curso, a pessoa não apenas aprende as técnicas e ferramentas do processo, como também o vivencia, por isso, é preciso estar totalmente disponível para tudo o que a formação tem a oferecer”, explica.

Além disso, o ideal é que “o indivíduo busque aperfeiçoar as técnicas e ferramentas do processo” para se destacar no mercado. Quando o assunto é conseguir clientes, Moisés Ribeiro conforta os mais preocupados. “Na nossa formação, temos comprovação científica que consiste basicamente na escolha de seis clientes que devem receber 10 sessões gratuitas, cada”, explica. O trabalho, apesar de não ser remunerado financeiramente, segundo ele é o passaporte para colocar o conhecimento em prática e fazer networking, já que os clientes que receberam a sessão devem indicar o profissional para dez pessoas.