Caso Daniel: Cristiana Brittes deixa penitenciária após decisão da Justiça

Ela estava presa sob acusação de ter participação no crime

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  • Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2019 às 08:41

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

Cristina Brittes, ré no processo da morte do jogador Daniel Correa, saiu da prisão nessa quinta-feira (12). A liberdade provisória foi determinada nesta quinta pela juíza Luciani Regina Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais.

Cristiana estava presa desde o fim de outubro do ano passado Penitenciária Feminina de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela responde por homicídio qualificado por motivo torpe, coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de menor.

Daniel foi assassinado por Edison Brittes, marido de Cristina, no dia 27 de outubro de 2018 em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O corpo dele foi encontrado com o órgão sexual mutilado, perto de uma estrada rural na Colônia Mergulhão. Segundo Edison, Daniel tentou estuprar Cristina.

Além de Cristiana, outras duas pessoas respondem ao processo em liberdade: Evellyn Perusso, acusada de falso testemunho e denunciação caluniosa, e a filha do casal, Allana Brittes, que deixou a prisão após ter um pedido de habeas corpus aceito pelo Superior Tribunal de Justiça no início de agosto.

'Não morreu de graça' Em agosto, a jovem Alana Brittes, 18 anos, deu a sua primeira entrevista após deixar a prisão. ela defendeu a família e acusou o jogador Daniel de ser o responsável pela própria morte. Alana disse ainda que a mãe não chamou o jogador para o seu quarto.

"Minha mãe nunca deu liberdade nenhuma para o Daniel. Ela nunca trocou uma palavra com ele, ela nunca deu essa liberdade para homem nenhum, foi sempre apaixonada pelo meu pai. Ela disse que sequer sabia como era a voz dele e que não sabia porque ele fez isso", afirmou a jovem.

Depois de beber, Daniel entrou no quarto, tirou a roupa e deitou ao lado de Cristina. Ele fez fotos ao lado da mulher, que dormia, e enviou para amigos. Edison flagrou a cena e começou a agredir o jogador, de acordo com a versão da defesa.

"Sai correndo, desci a escada e no pé da escada encontrei minha mãe chorando pedindo ajuda. Quando entrei no quarto, vi meu pai segurando o Daniel pelo pescoço em cima da cama. Ele estava de cueca, de camiseta, meu pai me disse: 'ele estava na cama tentando estuprar sua mãe'", disse Allana.

Para Alana, o jogador não era vítima. "Ele não foi a única vítima, no meu ponto de vista. Para mim a minha mãe foi a maior vítima. Ela estava dormindo na cama dela, no quarto dela e, se uma mulher não tiver privacidade, paz na própria cama, na própria casa, não sei onde vai ter", ressaltou Allana.