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Polícia está recolhendo depoimentos
Da Redação
Publicado em 25 de agosto de 2021 às 21:06
- Atualizado há um ano
A 3ª Divisão de Homicídios da Polícia Civil continua aprofundando as investigações acerca da morte de Welton Lopes Costa, de 34 anos, atingido por disparo de arma de fogo, em frente a um bar no Largo Dois de Julho, no domingo (22). De acordo com nota da PC, a análise do porte de arma de fogo concedido ao policial militar aposentado, de 98 anos, o vídeo com imagens do fato e o depoimento de familiares e testemunhas irão contribuir para a conclusão das investigações, cujos elementos não foram apresentados junto com o suspeito, no momento da condução ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
Segundo o irmão da vítima, Welbert Lopes Costa, nesta quarta-feira (25), a Polícia ouviu os depoimentos de sua cunhada, Jennifer, que, presente na cena do crime, levou um tiro no pé, e do dono do bar, responsável por tirar a arma das mãos do idoso. Welbert afirmou que irá à Delegacia assim que for requisitado. Ele gravou um dos vídeos que está sendo analisado pela Polícia.
"Ao efetuar os três disparos, o idoso derrubou a arma. O dono do bar pegou rapidamente para impedir que ele continuasse atirando. Escondeu a arma e esperou a Polícia chegar para entregar. Ainda bem que ele fez isso, porque se alguém pegasse a arma para revidar no idoso, seria pior, estaria errado. Eu fiz de tudo para garantir o socorro ao meu irmão e gravei para garantir que o homem não sairia impune", diz.
Welbert estava na casa do irmão, também no Dois de Julho - juntos, celebravam o fato de Welton ter comprado um carro novo. Quando a esposa demorou a voltar para casa, e vendo os dois filhos com fome, Welton foi até o local de trabalho para buscá-la. Mas ao chegar lá, viu que a mulher já tinha saído e estava bebendo. Os dois começaram a discutir.
O idoso acreditou presenciar uma cena de agressão e retirada à força. À polícia, ele disse ainda que foi agredido e por isso disparou. As testemunhas dizem que a lesão no braço do idoso aconteceu já depois do crime, quando ele foi cercado e algumas pessoas tentaram um linchamento.
Além da mulher, Welton deixa dois filhos - um deles, de 14 anos, presenciou o crime. Welbert conta que seu sobrinho está recebendo apoio psicológico.