Caso Henry: boneco vai representar criança em reconstituição da morte

Padrasto e mãe vão participar; polícia tenta recuperar mensagens apagadas de celular

Publicado em 31 de março de 2021 às 10:57

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: Reprodução

A professora Monique Medeiros da Costa e Silva e o vereador Jairo Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho (Solidariedade) participam na tarde desta quinta-feira (1º) de uma reprodução simulada da morte de Henry Borel Medeiros, 4 anos. A mãe e o padrasto do garoto vão mostrar a peritos e policiais a versão deles sobre o que aconteceu no último dia 8 de março, no apartamento em que viviam no Rio de Janeiro. Com vários ferimentos, Henry deu entrada já sem vida no Hospital Barra D'Or naquele dia, às 3h30, levado pelos dois. As informações são do Extra.

A reprodução simulada, popularmente conhecida como reconstituição, vai acontecer no apartamento do condomínio Majestic, onde os três estavam no dia. Um boneco de treinamentos do Corpo de Bombeiras com características similares às de Henry será usado para ajudar na visualização. Henry tinha 1,15m e 20 kg. (Foto: Reprodução) A polícia já ouviu 17 testemunhas na investigação, incluindo a mãe, padrasto, o pai, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, e a avó de Henry, Rosângela Medeiros da Costa e Silva. Três médicas do hospital para onde o menino foi levado, vizinhos, a babá, a professora, a psicóloga e duas ex-namoradas de Jairinho também prestaram depoimento, entre outros.

A psicóloga que acompanhava Henry desde fevereiro foi a última a ser ouvida até agora. Ela contou que Monique a procurou relatando que o filho não queria ficar na sua casa e parecia ter dificuldades para se adaptar à separação dos pais. Ela fez cinco consultar com Henry, que segundo a profissional mostrava ter afeto pelos avós maternos e só falou de Jairinho uma vez, no último encontro.

Monique reclamou para a psicóloga também que o filho não queria mais ir para a escola, depois de 20 dias de aula. A professora do garoto foi ouvida também pela polícia, mas disse não ter notado nenhuma anormalidade na criança. 

Na referência ao padastro, Henry disse apenas que morava com "um tio" na sua casa. Questionado, ele afirmou que era "Tio Jairinho", mas não deu sinais de ter medo do padrasto. Em seguida, disse que sentia saudades do pai.

Material apreendido Na semana passada, 11 celulares e laptops de Monique, Jairinho e Leniel foram apreendidos pela polícia. Um dos aparelhos do casal teve mensagens de um aplicativo apagadas e agora peritos tentam recuperar. 

Segundo o telejornal "RJ2", da TV Globo, uma análise preliminar nos aparelhos apontou que as mensagens foram apagadas em um dos celulares apreendidos que estavam na casa de Jairinho. Na casa de Monique, quatro celulares foram confiscados e, em ao menos um deles, também tem diversos diálogos suprimidos.

"Se apagaram ou não, não tenho essa informação. (...) Não conheço essa informação. E também não estranharia se apagasse porque é comum as pessoas apagarem as mensagens dos celulares. Eu, por exemplo, apago", disse o advogado André França Barreto, que representa o casal.

Depois da apreensão, na sexta, Barreto disse que Monique notou que o celular tinha sido invadido por um hacker e tentou registrar a ocorrência na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, mas por não conseguir fez o BO na Delegacia de Polícia da Barra da Tijuca.