Cenas de Carnaval: o trio elétrico

Evolução da principal 'engrenagem' do Carnaval foi fundamental para seu crescimento

Publicado em 4 de fevereiro de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Carlos Catela/Arquivo CORREIO
Fobica, o primeiro triio elétrico por Andréa Farias/Arquivo CORREIO

Ele é a grande atração do Carnaval e, sem sua evolução, a festa jamais seria o que é hoje. Estamos nos referindo, claro, ao trio elétrico. A invenção de Dodô e Osmar em 1950 ditou o crescimento da folia e sua ‘exportação’ para outros estados do país. O Ford 1929, que se transformou no primeiro trio, possuía cerca de quatro metros de comprimento, com capacidade para 9 ou 10 músicos. Atualmente, o maior trio é o Dragão, já usado por Durval Lélys e Ivete Sangalo. São 34 metros de comprimento e capacidade para 60 músicos e 100 convidados. Uma diferença brutal. Ao longo dos anos, o trio teve em Orlando Tapajós (1933-2018) com um dos seus principais entusiastas e construtores. Criou muitos deles, com destaque para a Caetanave, uma verdadeira revolução. O trio do Dengo da Bahia, clicado por Carlos Catela em 1979 para o CORREIO, é outro da linha Tapajós.

[[galeria]] Outro trio elétrico de destaque na história é o Traz dos Montes, de 1981, em que Wilson Marques, técnico de som da banda Scorpius (que se tornaria Chiclete com Banana), colocou som nas laterais e transistorizou o som, fazendo com que a banda pudesse tocar toda em cima do trio. Antigamente, ela se dividia: cordas na parte de cima e tambores na parte de baixo, como pode ser visto na imagem acima.  Atualmente, os artistas buscam trios que possam servir ao seus propósitos. Cantoras, que possuem balé, geralmente usam trios com maior espaço ou passarelas. 

*Cenas de Carnaval é um oferecimento do Bradesco, com patrocínio do Hapvida e apoio de Claro, Fieb, Salvador Shopping, Vinci Airports e Unijorge