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Unidade de saúde está localizada a cerca de dois quilômetros do epicentro da explosão
Rede Nordeste, O Povo
Publicado em 13 de agosto de 2020 às 15:04
- Atualizado há um ano
A grande explosão que ocorreu no último dia 4 na região portuária de Beirute, no Líbano, gerou destruição em larga escala. Prédios que estavam a quilômetros de distância do porto da cidade sentiram o impacto causado pela explosão. As câmeras de segurança do hospital St George's University Medical Centre registraram o momento em que o edifício foi atingido. As imagens, que Os foram divulgadas pelos jornais The Telegraph e The Guardian, mostram janelas e portas sendo quebradas, pacientes e funcionários correndo e a estrutura física da unidade de saúde sendo danificada. Quatro enfermeiros morreram.
De acordo com números oficiais do governo, ao menos 171 pessoas morreram devido à explosão, mas estimativas da Agência da Onu para Refugiados (Acnur) apontam que o total de vítimas pode chegar a mais de 200. Mais de 6 mil pessoas ficaram feridas. O Hospital St. George fica a cerca de apenas dois quilômetros do epicentro da explosão. Mais três unidades de saúde ficaram destruídas. Entretanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que mais da metade dos hospitais de Beirute está sem condições de atender pacientes. A situação é agravada pelo cenário de pandemia do novo coronavírus.
A explosão foi tão intensa que criou uma cratera de 43 metros de profundidade. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), a força equivale a de um terremoto de magnitude 3,3. O incidente provocou a reativação de protestos contra a classe política do Líbano, país que enfrenta grave crise econômica. O primeiro-ministro Hassan Diab pediu renúncia do seu cargo menos de um ano após seu antecessor, Saad Hariri, também sair em decorrência de manifestações.
*Matéria originalmente publicada em O Povo Online, nosso parceiro pela Rede Nordeste