Chacina dos apps: travesti suspeita de matar motoristas é presa; quatro suspeitos são mortos 

Quatro motoristas de aplicativos foram mortos na Mata Escura 

Publicado em 27 de dezembro de 2019 às 12:05

- Atualizado há um ano

. Crédito: Travesti Amanda foi presa pela polícia; ela cortou o cabelo para não ser reconhecida - Foto: Bruno Wendel/CORREIO

Uma travesti identificada como  Benjamin Franco da Silva, 25 anos, conhecida também como Amanda,  foi apresentada na manhã desta sexta-feira (27), na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), como uma dos suspeitos de ter participado da chacina que no dia 13 de dezembro deste ano terminou com quatro motoristas por aplicativo mortos no bairro da Mata Escura. 

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) Amanda é a última envolvida nas mortes de quatro motoristas de aplicativo identificado. 

Presa no Alto do Tanque, em Periperi, na noite de quinta-feira (26), Amanda já foi presa outras quatro vezes.

"Contou a motivação do crime, que inicialmente visava o roubo dos veículos. Com essa prisão finalizamos o inquérito, dando a resposta que toda a Bahia esperava, desse crime bárbaro", afirmou o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, delegado José Bezerra.

Ainda segundo Amanda, cinco pessoas participaram das mortes. Dois deles, Antônio Carlos Santos Carvalho e Marcos Moura de Jesus, morreram em confronto com equipes da 81ª Companhia Independente da Polícia Militar, em Itinga, na noite do crime. Os outros dois, segundo a SSP-BA,  um adolescente de 17 e Jéferson Palmeira Soares Santos, mais conhecido como Jel, foram encontrados mortos dias após a chacina.

Ao CORREIO, Amanda relatou que após crime cortou o cabelo para evitar ser reconhecida como uma das autoras do crime já que uma das vítimas escapou.